Dono de "casa de massagem" é preso suspeito de mandar matar rival em Flores

Manaus/AM - Gabriel Rodrigues Dias Gato, 23, e Marlindo Sagratzky de Oliveira Neto, 28, foram presos suspeitos do assassinato de Robert Martins Avelino, 36 anos, no bairro de Flores, na zona centro-sul. Segundo a polícia, o crime foi motivado por vingança, por conta da disputa de clientes entre donos de casas de prostituição.
O crime ocorreu em 18 de dezembro de 2024, enquanto Robert estava em um bar. Na ocasião, Gabriel, apontado como o atirador, tentou simular um latrocínio, mas na verdade, Marlindo o teria contratado para executar a vítima.
"Ele fingiu que era um latrocínio para despistar o trabalho policial, para tentar dificultar essas investigações. Então ele chegou a subtrair aparelhos telefones tanto dessa vítima, quanto de outras pessoas que estavam com essa ela em um momento de lazer. Estavam jogando dominó, em uma frente de um bar em via pública, quando esse executor chegou e disparou", destaca a delegada Marília Campelo.
Gabriel foi o primeiro a ser preso, em maio deste ano, mas a prisão não foi divulgada na época para não comprometer as investigações que ainda estavam em curso. Segundo a delegada, por meio dele a equipe chegou a Marlindo, que encomendou a morte de Robert por vingança.
"Marlindo possui uma casa de massagens em Flores e essa vítima também teria aberto uma casa de massagens no ano de 2024. E já no final do ano de 2024, ele mudou essa casa de massagem dele, o lugar em que essas garotas de programa faziam o atendimento, para as proximidades da casa de massagem desse mandante, o que gerou ali uma revolta. Ele acabou cooptando clientes, levando alguns clientes para essa outra casa de massagens e isso gerou ali uma desavença entre eles".
Conforme a polícia, Marlindo já tinha agredido Robert antes porque o rival estaria mandando mensagens para a esposa dele com investidas amorosa. Decidido a se livrar de Robert, o dono de casa de massagem contratou Gabriel para executá-lo.
"Inicialmente ele ofereceu R$ 2.000 para que ele executasse a vítima. Ele (Diego) disse que não conhecia a vítima, que foi mostrada a foto dele, foi enviado para seu WhatsApp, a fotografia. Ele achou pouco R$ 2.000, então o Marlindo subiu a oferta, ofereceu R$ 3.000, ele acabou aceitando. Também diz que a arma utilizada, uma pistola .40 foi cedida por Marlindo e após o crime ele foi orientado a colocar, jogar essa arma de fogo dentro de um veículo que já estaria esperando aqui próximo à Avenida do Samba".
Após a execução, Gabriel ficou com os pertences roubados e chegou a dar o telefone da vítima para a própria mãe. "Outra situação importante, um dos aparelhos levados, que é o aparelho celular dessa vítima fatal, foi encontrado em poder da mãe de Gabriel, que é o executor. Ela começou a utilizar esse aparelho já no dia 20 de dezembro, apenas dois dias após o fato delituoso, ela já começou a utilizar o aparelho. Ela foi chamada à delegacia um tempo atrás e mentiu acerca dessa situação, disse que havia recebido de presente de um outro filho, mas isso também foi confessado pelo Gabriel quando do seu interrogatório na delegacia. Ele foi ele que roubou esse aparelho quando do dia do fato e deu para a mãe utilizar".
Com isso, a polícia elucidou o caso, prendeu Marlindo nessa terça-feira (17) e tanto ele quanto Gabriel vão responder por homicídio.

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