Manaus/AM - A criança de 5 anos que teve o intestino perfurado após uma agressão atribuída ao padrasto está hospitalizada em estado grave. Segundo a Polícia Civil, o menino precisou passar por cirurgia, perdeu parte do intestino e segue sob cuidados médicos. O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

De acordo com a delegada adjunta Maiara Magna, a ocorrência chegou à polícia na noite de quinta-feira (28), após acionamento do Conselho Tutelar. No hospital, conselheiros e investigadores constataram que as lesões da criança não eram compatíveis com a versão inicialmente apresentada. A vítima foi ouvida com apoio de uma psicóloga, e a mãe prestou depoimento. 

"Nós fomos até o hospital, conversamos com o médico, conseguimos fazer o depoimento da criança, nós conseguimos levar a psicóloga, o médico liberou para que a psicóloga pudesse conversar com a criança, nós também pegamos o termo declaração da mãe e a partir de toda investigação nós percebemos que o padrasto é o suposto autor desse dessa lesão. Essa criança é um caso que comove muito a nossa equipe e toda a sociedade, porque essa criança, ela sofreu uma lesão tão agressiva que ela perdeu parte do intestino e ela ainda corre risco de vida.", disse. 

As apurações apontaram o padrasto, identificado como Thiago Castilho, como principal suspeito. A Justiça decretou a prisão preventiva dele no sábado (30), mas o homem continua foragido. “É um caso que comoveu toda a nossa equipe. Estamos diuturnamente em busca dele e pedimos a ajuda da população. Qualquer informação será mantida em sigilo”, afirmou a delegada.

A gravidade das agressões também abalou os profissionais envolvidos. A psicóloga responsável pela escuta da vítima precisou ser acolhida após o relato. “Lidamos diariamente com situações graves, mas esse caso teve uma dimensão ainda maior. É uma criança que deveria estar brincando e hoje luta pela vida após uma cirurgia extensa”, disse Magna.

A Depca pede que informações sobre o paradeiro do suspeito sejam repassadas pelo telefone 181 ou pelo WhatsApp (92) 99962-2441. "Essa criança ainda corre risco de vida. Precisamos da ajuda da sociedade para capturar esse homem e garantir justiça", reforçou a delegada.