A desmoralização do sistema prisional
...O que se assiste hoje no Amazonas não é apenas uma sucessão de fatos envolvendo prisioneiros que parecem saídos de filmes policiais, com toda a artimanha de criminosos que fazem planos e empreendem fugas espetaculares. Mas a decadência de um sistema cuja maior doença é a corrupção de agentes, conluio entre policiais e presos e uma semalhança entre alguns deles. Há casos em que não se sabe quem é mais perigoso.
A fuga de seis detentas do Complexo Penitenciário Anísio Jobim desmoraliza o sistema prisional. Mais do que empreenderem fuga, as presas roubaram o dinheiro que seria destinado ao pagamento de outras detentas por serviços que prestam no interior da penitenciária. Quer dizer, o Compaj foi assaltado.
Obviamente que a fuga contou com a ajuda de funcionários da penitenciária, sem a qual não haveria tanta facilidade na execução do plano.
Esse é o segundo episódio envolvendo fuga de presos em menos de duas semanas. No primeiro dois alvarás falsos foram usados para libertar latrocidas. E nos dois casos o sistema se revelou falho, inoperante e viciado.
O que se assiste não é apenas uma sucessão de fatos envolvendo prisioneiros que parecem saídos de filmes policiais, com toda a artimanha de criminosos que fazem planos e empreendem fugas espetaculares. Mas a decadência de um sistema cuja maior doença é a corrupção de agentes, conluio entre policiais e presos e uma semalhança entre alguns deles. Há casos em que não se sabe quem é mais perigoso.
Raimundo Holanda
ASSUNTOS: Editorial