Trump concorre ao Prêmio Nobel da Paz 2025; vencedor será revelado nesta sexta-feira
O mundo voltará seus olhos para Oslo, Noruega, nesta sexta-feira (10), onde será anunciado o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2025. A cerimônia está marcada para as 6h (horário de Brasília) no Instituto Nobel Norueguês. O prêmio, que desde 1901 reconhece esforços notáveis para a humanidade, confere ao laureado uma medalha, um diploma e uma recompensa de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões).
Entre os nomes em destaque na mídia está o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez uma campanha aberta pelo reconhecimento. Nesta quarta-feira (8), Trump anunciou publicamente a primeira fase de um acordo de paz entre Israel e Hamas sob sua proposta, movimento que poderia reforçar sua candidatura. No entanto, suas chances são consideradas improváveis por especialistas, que argumentam que muitas de suas políticas são contrárias aos ideais de diálogo e cooperação internacional que a premiação busca promover.
As perspectivas para Trump diminuíram ainda mais após a declaração do Comitê Norueguês do Nobel. O porta-voz da instituição, responsável pela escolha entre centenas de indicados, afirmou que a reunião final para a definição do vencedor ocorreu na última segunda-feira (6), dois dias antes de o presidente americano anunciar o suposto entendimento no Oriente Médio.
O Prêmio Nobel da Paz é concedido anualmente pelo Comitê Norueguês do Nobel, um grupo de cinco integrantes nomeados pelo Parlamento da Noruega. A escolha busca reconhecer quem "tenha feito o máximo ou o melhor para promover a fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de Exércitos permanentes e a promoção de congressos de paz", embora os critérios sejam adaptados ao contexto global atual.
Como funciona a escolha do vencedor?
O processo de seleção do Nobel da Paz é rigoroso e sigiloso.
Indicações: Milhares de indivíduos qualificados — incluindo membros de governos, chefes de Estado, professores universitários e vencedores anteriores do Nobel — podem submeter nomes até 31 de janeiro. A lista completa de indicados (que este ano somou 338) é mantida em sigilo absoluto por 50 anos.
Análise: O Comitê e seus consultores analisam as indicações, elaborando pareceres detalhados sobre os finalistas.
Decisão: A escolha final é feita por consenso ou por maioria de votos, geralmente entre agosto e setembro.
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