O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou planos para atacar o Irã, mas ainda não tomou a decisão final, segundo fontes próximas ao governo. A informação é do The Wall Street Journal, na noite desta quarta-feira (18). A intenção de segurar a ordem seria dar mais tempo para o regime iraniano abandonar seu programa nuclear, especialmente em relação à instalação de Fordow, uma central de enriquecimento de urânio considerada altamente protegida e quase impossível de atingir com armamentos convencionais.

Em declarações recentes, Trump evitou confirmar se irá de fato ordenar o ataque, afirmando: "Posso fazer isso, posso não fazer isso", mas reforçou que espera uma rendição total do Irã. Ele também indicou que os próximos dias serão decisivos: “A próxima semana será muito grande, talvez menos de uma semana”. Do outro lado, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, avisou que não aceitará pressão dos EUA e prometeu sérias consequências se houver uma ofensiva militar.

Enquanto isso, os Estados Unidos reforçam sua presença militar na região. Um terceiro destroyer da Marinha americana foi enviado ao Mediterrâneo Oriental e mais um grupo de ataque com porta-aviões segue para o Mar Arábico. Oficialmente, o Pentágono afirma que os movimentos são defensivos, mas os posicionamentos aumentam a capacidade de ação americana, caso Trump decida apoiar diretamente os bombardeios israelenses contra o Irã.  

Após um ataque sem precedentes de Israel contra o Irã na última semana, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu incentivou os iranianos a se revoltarem contra seu governo, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu a rendição incondicional do Irã e ameaçou matar o líder supremo Ali Khamenei, sugerindo que os EUA podem entrar diretamente no conflito. Embora os EUA avaliem que o Irã ainda não decidiu construir uma bomba nuclear, analistas alertam que uma ofensiva americana poderia acelerar esse processo e dificultar uma solução diplomática. Israel, por sua vez, é apontado por especialistas como possuidor de cerca de 90 ogivas nucleares, apesar de nunca ter admitido oficialmente seu arsenal.