Trump anuncia escudo antimísseis de R$ 1 trilhão para defender EUA; veja

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (20) o desenvolvimento de um novo sistema de defesa antimísseis chamado "Domo de Ouro", inspirado no "Domo de Ferro" usado por Israel. Avaliado em cerca de US$ 175 bilhões — o equivalente a R$ 1 trilhão —, o projeto é conduzido pelo Pentágono e deve incluir satélites de vigilância e interceptadores para neutralizar ameaças aéreas. Trump afirmou que pretende concluir o sistema até 2029, último ano de um eventual novo mandato.
Desde a campanha eleitoral, Trump já mencionava a ideia de criar um sistema nacional de defesa semelhante ao israelense. Ao assumir o mandato em janeiro de 2025, ele assinou um decreto que oficializou a implementação do programa. Segundo o governo, o "Domo de Ouro" tem como objetivo proteger o território norte-americano contra ataques com mísseis balísticos, de cruzeiro e hipersônicos. A proposta também busca reforçar a estratégia de “paz pela força”.
O sistema prevê cobertura total em diferentes estágios de um ataque: desde a detecção antes do lançamento até a interceptação final, momentos antes do impacto. Fontes ouvidas pela agência Associated Press indicam que há três versões possíveis do projeto, variando em complexidade e número de satélites, sensores e interceptadores. No entanto, especialistas avaliam com ceticismo o prazo proposto por Trump, apontando possíveis dificuldades técnicas e de financiamento.
O Congresso americano ainda discute o orçamento para a iniciativa. Um grupo de legisladores republicanos propôs um investimento inicial de US$ 25 bilhões, parte de um pacote de defesa de US$ 150 bilhões, mas o projeto enfrenta resistência política. Apenas os componentes espaciais do “Domo de Ouro” podem custar mais de US$ 500 bilhões ao longo das próximas duas décadas, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso.
Inspirado no modelo israelense, o sistema "Domo de Ferro" é usado para derrubar foguetes de curto alcance e tem taxa de acerto estimada em 90%. Ele funciona com sensores que identificam ataques e lançam mísseis interceptores, neutralizando as ameaças no ar. A tecnologia já foi testada em conflitos na Faixa de Gaza e contra mísseis lançados do Irã, demonstrando alta eficiência na proteção de áreas urbanas.

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