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Rússia proíbe atuação da Anistia Internacional e acusa ONG de apoiar Ucrânia

Por Folha de São Paulo

19/05/2025 12h00 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Procuradoria-Geral da Rússia classificou, nesta segunda-feira (19), a ONG Anistia Internacional como uma "organização indesejável" e proibiu suas atividades no país, após acusá-la de apoiar a Ucrânia.

A Rússia proibiu dezenas de organizações internacionais como parte de uma repressão à dissidência e às críticas, que se intensificou desde que Moscou entrou em guerra com Kiev em fevereiro de 2022.

Autoridades russas acusam regularmente a Ucrânia de ser dominada por neonazistas, uma acusação vista pelos ucranianos, pelo Ocidente e por outros países como propaganda infundada.

Fundada em 1961 e sediada em Londres, a Anistia Internacional luta pelos direitos humanos em todo o mundo, inclusive em nome daqueles que designa como prisioneiros de consciência.

"A sede da Anistia Internacional em Londres é um centro de preparação de planos russofóbicos em escala global, financiados por cúmplices do regime de Kiev", disse o procurador-geral russo em um comunicado.

A Procuradoria afirmou que a ONG "fez todo o possível para intensificar o confronto militar na região, justificando os crimes dos neonazistas ucranianos, exigindo maior financiamento para eles e apoiando o isolamento político e econômico" da Rússia.

A Anistia Internacional não respondeu a um pedido de comentário sobre a decisão.

As autoridades russas estabeleceram uma lista de organizações declaradas indesejáveis pela primeira vez em 2015.

Este status proíbe a operação de aproximadamente 223 entidades no país. Elas incluem a emissora RFE/RL, financiada pelo governo americano, e a organização ambiental internacional Greenpeace.

Também põe em risco os cidadãos russos que trabalham, financiam ou colaboram com essas associações, pois podem estar sujeitos a multas e a penas de prisão.

Em seu site, a Anistia Internacional descreve a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia como uma "guerra de agressão".

Além disso, a ONG denuncia que na Rússia "os direitos à liberdade de expressão, reunião pacífica e associação são severamente restringidos" e afirma que há "perseguição arbitrária" de grupos religiosos e organizações LGBTQIA+, entre outros.-com-a-ucrania/ ***


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