Relatório da OMS descarta surgimento do coronavírus em laboratório na China
Foi divulgado nesta segunda-feira (29), o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) que admite a hipótese de uma transmissão do coronavírus por meio de um animal intermediário e descarta a tese de que a pandemia se originou em um laboratório.
Segundo a RFI, a versão final do relatório confirma as primeiras conclusões apresentadas pelo grupo de especialistas em 9 de fevereiro em Wuhan, na China, quando encerrou a missão de quatro semanas. Os especialistas ratificam a principal teoria desenvolvida até o momento, de que o vírus foi transmitido de um primeiro animal – provavelmente um morcego – para o homem por meio de outro animal, que atuou como intermediário, mas que ainda não foi identificado.
A possibilidade de uma transmissão direta entre o animal inicial e o homem ainda é considerada "entre possível e provável" pelos especialistas da OMS. Além disso, não está descartada a hipótese de que o vírus tenha começado a ser transmitido por meio de carne congelada, uma ideia que Pequim também defende.
No relatório, os especialistas consideraram também que, diante de informações sobre certos animais "como receptores intermediários de doenças, é necessário fazer outras investigações incluindo uma área geográfica maior" na China e em outras regiões. Eles destacam que os estudos no mercado de Huanan de Wuhan e em outros estabelecimentos da cidade não serviram para encontrar "elementos que confirmem a presença de animais infectados".
O grupo de especialistas da OMS é taxativo sobre uma hipótese em particular e classifica como "extremamente improvável" que a pandemia tenha sido provocada após o vírus ter escapado de um laboratório chinês. No entanto, salienta que a possibilidade de uma fuga proposital não foi estudada.
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