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Morte de terceiro negro desarmado pela polícia em dez dias gera protestos nos EUA

Por Agência O Globo

28/09/2016 9h26 — em
Mundo



SAN DIEGO — A polícia de El Cajon, uma cidade perto de San Diego, na Califórnia, matou um homem negro que agia de forma errática, provocando rapidamente protestos contra uma suposta ação injustificada dos agentes. É o terceiro cidadão negro desarmado morto pela polícia em apenas dez dias nos Estados Unidos.

Os agentes policiais se depararam com o homem não identificado, de cerca de 30 anos, atrás de um restaurante depois de receber relatos de alguém que “agia fora de si” e caminhava em meio aos carros, disse a polícia de El Cajón em um comunicado. O homem, que balançava para frente e para trás, não acatou a ordem de tirar a mão do bolso, acrescentou.

De acordo com a versão da polícia, em determinado momento os agentes tentaram falar com o homem, e “rapidamente ele retirou um objeto do bolso dianteiro de sua calça, juntou suas mãos e as esticou rapidamente em direção ao oficial, no que pareceu ser uma posição para atirar”.

O chefe da polícia, Jeff Davis, não descreveu o objeto, mas disse em uma entrevista coletiva que não foi recuperada uma arma de fogo.

O agente para quem o homem apontava atirou “várias vezes”, enquanto um segundo policial disparou simultaneamente seu Taser, indicou a polícia, que divulgou uma imagem recuperada de um vídeo que mostrava um homem aparentemente apontando uma arma ao policial.

Rapidamente, cerca de uma centena de manifestantes se reuniram na cena, acusando a polícia de disparar sem advertência.

— Três deles saíram, com as armas na mão, e atiraram cinco vezes — disse Rumbideai Mubaiwa, uma manifestante, à emissora local KUSI. — Ninguém advertiu, ou disse para que ficasse quieto, que parasse, nada. Outro negro desarmado morto.

A morte de homens negros nas mãos da polícia provocou protestos em todo os Estados Unidos. O último caso foi em Charlotte, na Carolina do Norte, na semana passada.

A morte de Keith Lamont Scott, de 43 anos, causou vários dias de protestos, forçando o governador do estado a declarar emergência e convocar a Guarda Nacional.


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