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Macron condena ataque de Israel a Rafah e pede cessar-fogo

Por Folha de São Paulo

27/05/2024 9h08 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente da França, Emmanuel Macron, condenou nesta segunda-feira (27) o bombardeio de Israel perto de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, que deixou ao menos 45 mortos. Macron ainda fez apelo por um cessar-fogo.

"Indignado com os ataques israelenses que mataram muitos refugiados em Rafah. Estas operações devem parar. Não existem áreas seguras em Rafah para civis palestinos. Faço um apelo pelo pleno respeito ao direito internacional e por um cessar-fogo imediato", disse Macron.

REPERCUSSÃO NA UE

Chanceleres europeus exigiram fim da ofensiva em Rafah. Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, citou uma decisão de sexta-feira (24) da CIJ (Corte Internacional de Justiça, também conhecida como Tribunal de Haia) que ordenou a Israel que pare com os bombardeios na região. "Não só temos que expressar respeito pela decisão, mas também temos que pedir que ela seja implementada", insistiu.

"O que testemunhamos neste domingo (26) à noite é uma barbárie. Gaza é um enclave muito pequeno, uma região densamente povoada. Não se pode bombardear uma área como esta sem consequências horríveis para crianças e civis inocentes", disse o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Micheál Martin.

Ministros se reunirão nesta segunda-feira (27) para falar sobre a situação de Gaza. O encontro acontecerá em Bruxelas, na Bélgica, e foram convidados ministros das Relações Exteriores do Oriente Médio e um representante da Liga Árabe. Segundo Borrell, está prevista a discussão da possibilidade de relançar uma missão suspensa desde 2007 para monitorar a passagem de pessoas da Faixa de Gaza para o Egito.

BOMBARDEIO EM RAFAH

Ataque aéreo matou ao menos 45 pessoas no domingo (26). Segundo a Defesa Civil de Gaza, administrada pelo grupo extremista Hamas, o bombardeio deixou ainda 65 feridos. A maioria das vítimas era de mulheres e crianças. Desde o início da guerra, já são 36.050 mortos, com 81.026 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde local.

Local havia sido definido por Israel como zona humanitária. A informação é do Crescente Vermelho Palestino, uma organização humanitária que faz parte do movimento internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Cerca de 100 mil pessoas estão abrigadas no acampamento, segundo a Defesa Civil.

Alvo era um acampamento do Hamas em Rafah, diz Israel. O governo alega que os alvos eram legítimos e que o ataque respeitou o direito internacional. Em nota, o Exército de Israel disse "estar ciente de relatórios" que indicam que, como resultado do ataque e do incêndio causado por ele, vários civis da região ficaram feridos. "O incidente está sob análise", completou.


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