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Lula e Putin prezam relações pessoais em reunião bilateral no Kremlin

Por Folha de São Paulo

09/05/2025 11h15 — em
Mundo


Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

MOSCOU, RÚSSIA (FOLHAPRESS) - Em encontro na tarde desta sexta-feira (9) no Kremlin, Luiz Inácio Lula da Silva e Vladimir Putin afirmaram que as boas relações entre Brasil e Rússia se devem também às relações pessoais entre os dois presidentes.

Em dez minutos de reunião aberta à imprensa, os dois recordaram que há 15 anos Lula esteve em Moscou para os 65 anos de aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra. Classificando a atual festa, de 80 anos, como extraordinária, Lula passou longe de qualquer referência à guerra da Ucrânia, que rendeu pesadas críticas a Putin nesta semana, notadamente de líderes europeus.

O único momento mais político do presidente brasileiro foi quando comentou sobre as tarifas defendidas por Donald Trump, que, no limite, "pode afetar a soberania de alguns países".

Lula lembrou da relação comercial entre os dois países, de US$ 12 bilhões, "amplamente favorável à Rússia", notou o presidente com um sorriso, sobretudo pela compra de petróleo do Brasil.

Aproveitou a deixa para introduzir Fernando Queiroz, CEO da Minerva, que faz parte da delegação brasileira e estava na reunião. O intuito, segundo Lula, era incentivar a importação de carne pela Rússia.

Lula teria na sequência um encontro com Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, outra figura controversa do cenário europeu. O populista foi o único líder da União Europeia a comparecer no evento organizado por Putin.

A viagem internacional prossegue neste sábado (10), quando embarca para a China, onde cumpre visita oficial nos dias 12 e 13.

Lula e o líder chinês, Xi Jinping, usaram o multilateralismo para justificar a presença em Moscou durante as celebrações de Putin que marcam os 80 anos do fim da Segunda Guerra na Europa. Na noite de quinta-feira (8), compareceram como principais convidados do líder russo a um jantar oferecido no Kremlin.

Assim como a China e a Índia, o Brasil não participa do esforço liderado pela União Europeia para isolar Putin. Desde a invasão da Ucrânia, o apoio, sobretudo da China, se tornou uma linha vital para a economia russa.


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