Guerra em Gaza: bombardeios seguem após proposta de paz de Trump
As Forças Armadas de Israel intensificaram os ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza na madrugada deste sábado (04), ignorando o pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por um cessar-fogo imediato. O Exército israelense alertou a população civil a não retornar ao norte do território, onde os combates permanecem intensos. A movimentação militar ocorre mesmo após o Hamas anunciar disposição para libertar reféns e iniciar negociações com base em uma proposta de paz apresentada por Trump.
Segundo o presidente norte-americano, a proposta prevê cessar-fogo em até 72 horas, libertação dos reféns, retirada gradual das tropas israelenses e o desarmamento do Hamas. Trump também defende que o grupo e outras facções armadas fiquem fora da administração de Gaza, que seria conduzida por uma autoridade de transição sob supervisão internacional. Apesar da sinalização diplomática, o Exército de Israel continua com operações intensas, principalmente na Cidade de Gaza.
A Defesa Civil de Gaza informou que ao menos 20 casas foram destruídas durante os bombardeios, e os hospitais locais registraram várias vítimas. O Hospital Batista recebeu feridos após ataque no bairro de Tuffah, e o Hospital Nasser, em Khan Younis, confirmou a morte de duas crianças em um acampamento de deslocados atingido por um drone. Moradores relataram uma noite de extrema violência. “Fiquei feliz com o anúncio de cessar-fogo, mas os aviões não pararam”, disse Jamila al-Sayyid, de 24 anos.
O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos reforçou o apelo por um cessar-fogo imediato, alertando que a continuidade dos ataques coloca em risco a vida dos sequestrados. O grupo pediu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que inicie negociações urgentes para o resgate dos reféns. Enquanto isso, o Exército israelense reiterou o alerta para que civis não retornem ao norte de Gaza, classificando a área como “extremamente perigosa”.
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