EUA divulgam vídeo de novo ataque contra suposto barco do narcotráfico
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos atacaram mais uma embarcação supostamente envolvida com o narcotráfico no sábado, no Pacífico. Três pessoas morreram.
De acordo com o Pentágono, o barco pertencia a uma "organização terrorista designada" e transitava por uma "rota conhecida do narcotráfico para o transporte de drogas". "Informações de inteligência confirmaram que a embarcação estava envolvida no contrabando de narcóticos. Três narcoterroristas do sexo masculino a bordo da embarcação foram mortos", escreveu o Comando Sul do país no X.
Pentágono já fez outros 20 bombardeios. Somados, os ataques já mataram 83 pessoas. O último tinha sido registrado na quinta e resultou em quatro mortes.
A Casa Branca afirma que as ações se enquadram na autodefesa nacional diante do aumento das mortes por overdose - embora a principal causa dessas mortes, o fentanil, venha do México, e não da América do Sul, cuja produção se concentra na cocaína. O governo sustenta que as operações ocorreram em águas internacionais, mas os ataques atingiram embarcações de outras nacionalidades, ampliando o impacto regional. A ofensiva começou em setembro.
Ontem, porta-aviões "mais letal" dos EUA chegou ao Mar do Caribe para aumentar presença americana na região. Porta-aviões Gerald R. Ford tem a bordo mais de 4.000 marinheiros. Eles são responsáveis por operar a embarcação que pode "lançar por catapulta e recuperar aeronaves de asa fixa em seu convés de voo, dia e noite, em apoio às operações designadas", segundo o Serviço de Distribuição de Informações Visuais de Defesa dos EUA.
O órgão disse que a presença do gigante no Caribe reforça a segurança do território americano. "A embarcação chega para apoiar a diretriz do presidente Donald Trump de "desmantelar Organizações Criminosas Transnacionais e combater o narcoterrorismo em defesa do país", afirmaram.
A embarcação está ancorada em Trinidad e Tobago, próximo à costa da Venezuela. Lá, os marinheiros realizarão exercícios e treinamentos com o Exército dos Estados Unidos ao longo da semana. O governo venezuelano ainda não se manifestou oficialmente sobre a chegada do porta-aviões, mas qualificou o treinamento como um ato de agressão ao país.
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