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Brasil autoriza novo voo fretado com ao menos 70 deportados dos EUA

Por Folha de São Paulo

24/01/2020 17h46 — em
Mundo



BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ao menos 70 brasileiros devem ser deportados ao Brasil nesta sexta-feira (24), no segundo voo fretado pelo governo dos Estados Unidos para essa finalidade desde outubro. 

O Ministério das Relações Exteriores foi comunicado pelas autoridades americanas do total de brasileiros que deve ser retornado no voo, que tem como destino o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. 

No entanto, existe a possibilidade que o número de deportados seja maior.

A origem da aeronave fretada é a cidade de El Paso, no Texas, que faz fronteira com a mexicana Ciudad Juárez.

Voos fretados com deportados precisam ser autorizados pelo governo brasileiro, mesmo sendo bancados pelo governo americano. 

Conforme a Folha de S.Paulo revelou, o governo Donald Trump solicitou formalmente que Brasília autorize mais voos alugados para a deportação de brasileiros por imigração irregular. 

Isso porque a quantidade de brasileiros apreendidos ao tentar atravessar de forma irregular a fronteira dos Estados Unidos bateu o recorde de 18 mil em 2019 -e os americanos buscam soluções para acelerar a devolução dessas pessoas ao Brasil. 

Em 2019, Brasília deu luz verde ao sobrevoo de uma única aeronave para devolver 70 brasileiros que foram deportados dos EUA. O avião aterrissou no fim de outubro também no aeroporto de Confins (MG).

Segundo a chancelaria brasileira, nos últimos anos há registro de um outro voo fretado, em outubro de 2017.

Fretar um avião não é a única maneira de mandar de volta os os migrantes com documentação irregular. As deportações também podem ocorrer por linhas comerciais, o que depende da disponibilidade de assentos e não atende a um fluxo grande de pessoas.

O uso de aviões alugados para deportar imigrantes em situação irregular é prática antiga. No entanto, o esquema vinha sendo pouco aplicado a brasileiros.

Segundo auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, o número de cidadãos apreendidos nos últimos anos não era tão elevado. 

Ainda havia -da parte do Brasil- resistência política de governos anteriores a autorizar esses voos.


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