Os produtos químicos tóxicos usados ​​em sofás e colchões à prova de fogo podem aumentar a chance de câncer de tireoide, alertam especialistas. Embora seu uso tenha sido amplamente restringido, cientistas comprovam que isso não é suficiente.

O tema veio à tona depois que o governo foi advertido repetidamente dos perigos potenciais dos produtos químicos.

Terry Edge, que abandonou o Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (Defra) no ano passado, depois que suas propostas para restringir todos os retardantes de chama foram rejeitadas, disse: “Os retardantes de chama estão causando milhares de cânceres e outras doenças, deixando crianças particularmente vulneráveis”.

Depois de analisar a poeira doméstica e tirar amostras de sangue de pessoas com câncer de tireoide, os cientistas da Duke University descobriram que os pacientes tinham uma alta exposição a retardantes de chamas chamados éteres de difenil polibromados (PBDEs).

Eles foram proibidos em 2004, mas ainda estão nas casas de pessoas com móveis comprados antes disso. Os pacientes com câncer também tinham níveis mais elevados de TCEP, um retardante de chama banido há 16 anos. Ambos os químicos estão ligados ao câncer porque interferem com os hormônios.

DecaBDE, o mais amplamente utilizado dos produtos químicos PBDE, não é proibido, mas altamente restrito. “Os produtos químicos são lançados como poeira doméstica e entram em nossos corpos em nossos alimentos e mãos, com os mais altos níveis em crianças“, disse Dr.ª Heather Stapleton, cujo trabalho será apresentado no Simpósio Internacional sobre Retardantes de Incêndio em York, aoSunday Times.

Os retardantes de chama bromados estão ligados a problemas de aprendizagem, baixa contagem de espermatozoides e dificuldades em engravidar. E o pior, eles têm sido utilizados em sofás, colchões e tapetes.

Um porta-voz da National Bed Federation disse que o DecaBDE está programado para ser banido dentro de dois anos. “Vamos continuar a pressionar por mais controle“, disse um porta-voz da Defra. Fonte: Jornal Ciência.