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Sport quer banir torcedores envolvidos; Fortaleza cobra 'punição severa'

Por Folha de São Paulo

29/02/2024 12h30 — em
Esportes


Foto: Reprodução/ Instagram

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Yuri Romão, presidente do Sport, falou que o clube está trabalhando ao lado das autoridades para encontrar os responsáveis pelo atentado ao ônibus da delegação do Fortaleza.

"Desde o incidente com o ônibus do Fortaleza a gente tem elaborado um caderno com questões que vamos abordar nos próximos dias. Isso inclui o banimento de torcedores envolvidos ou que tenham algum inquérito policial em andamento", disse em participação no Redação Sportv.

"O nosso banco de dados já está conversando com o banco de dados da Secretaria de Defesa Social do estado. Além disso, a colocação da biometria facial, que já tínhamos comprado e está sendo utilizado na Ilha do Retiro, mas como no primeiro semestre estamos mandando as partidas na Arena, lá não tem essa tecnologia. Isso tudo vai ajudar a inibir essas gangues, porque eles não são torcedores", completou.

Romão também fez questão de deixar claro que o clube não tem relação ou vínculo com as torcidas organizadas do Sport. O presidente reforçou que não dá ingressos ou cede espaço no estádio para esses torcedores.

"A partir de agora, no âmbito administrativo, vamos restringir ainda mais e fazer o que pudermos fazer, porque não vou admitir mais atos como este. Isso está manchando a imagem do clube e um impacto financeiro, porque nenhum patrocinador quer ter seu nome atrelado com atitudes como esta", completou.

Nesta semana, o Sport fez um ofício pedindo a exclusão de 34 sócios do clube, bem como penalidade disciplinar e administrativa de impedimento a eles, que têm histórico de crimes em estádios e praças públicas.

FORTALEZA PEDE 'PUNIÇÃO SEVERA'

"Acho que, acima de tudo, tem que ter punição severa. Com todo respeito, a torcida organizada do Sport tem histórico dessa prática de violência e o Fortaleza foi mais uma, a pior de todas. Acho que a falta de punição que não tiveram em outras oportunidades, fez com que fizessem o atentado contra a gente e, se não foram punidos, vão fazer de novo", falou Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, também em participação no programa.

Paz comentou que o clube rompeu com as organizadas no ano passado. Em 2023, torcedores do Leão do Pici brigaram entre si no setor visitante da Neo Química Arena.

Como exemplo de busca por paz nos estádios, Marcelo mencionou que o fortaleza está pedindo para seus torcedores não irem para a Paraíba para assistir o confronto com o Botafogo-PB. "A possibilidade de briga é alta. Hoje, o Fortaleza defende que não tenha torcida nossa na partida de domingo, olha que absurdo. A nossa prioridade é a paz no estádio, no futebol."

Paz também comentou sobre como estão os jogadores após o atentado ao ônibus. Ele disse que não dá para medir as consequências emocionais e físicas que seus atletas tiveram.

"Temos jogadores lesionados que, certamente, não jogarão no domingo pela Copa do Brasil - partida que seria hoje, mas foi adiada. Temos o Galhardo afastado para cuidar de sua saúde mental, porque ele reconheceu que não tinha condição de jogar e pediu o afastamento. Outros jogadores podem estar abalados de alguma forma, mas a gente só vai detectar isso no dia a dia, quando tiver o próximo jogo e eles tiverem que pegar o ônibus para um jogo fora de casa. Isso não tem como medir", relatou.


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