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Santos relaxa, leva empate, mas se classifica para fase de grupos da Libertadores

Por Folha de São Paulo

13/04/2021 23h04 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Finalista da Libertadores de 2020 quando poucos esperavam, o Santos garantiu sua classificação para a fase de grupos da nova edição do torneio continental. O empate em 2 a 2 nesta terça-feira (13), em Brasília, apenas confirmou o seu favoritismo diante do San Lorenzo depois do placar de 3 a 1 obtido na semana passada, em Buenos Aires.

Com um lateral direito (Pará) no lado esquerdo e outro ala (Felipe Jonatan) no meio-campo, a equipe brasileira não atuou tão bem quanto no jogo de ida da fase classificatória. Mas serviu para o técnico Ariel Holan fazer mais observações. Da mesma que aconteceu com Cuca em 2020, o argentino terá de se virar com as opções já existentes no elenco. E estas serão ainda mais jovens do que na temporada passada.

Os 11 titulares na final da última Libertadores, diante do Palmeiras, tinham média de idade de 25,1 anos. A escalação a entrar em campo em Brasília estava em 24,3. E no banco ainda havia Ângelo, 16, a grande esperança da vez na Vila Belmiro. Ou, como os santistas gostam de dizer, o "novo raio".

A diferença de Holan para os seus antecessores é que disse desde o primeiro momento estar consciente das dificuldades financeiras da agremiação e de que não seriam feitas contrações. Estas não podem ser realizadas, além da falta de dinheiro, pela punição imposta pela Fifa porque a equipe brasileira tem dívida com o Huachipato (CHI) pela contratação de Soteldo.

A maior virtude do Santos de Holan foi vista nesta terça. Sempre propor o jogo e atacar quando o espaço aparecer. Mesmo com a vantagem no placar. Foi assim que surgiu o terceiro gol em Buenos Aires, anotado por Ângelo. O mesmo foi visto em Brasília, apesar dos erros defensivos.

Com a classificação garantida e com um a mais em campo (Rojas foi expulso por falta em Marinho), Pará deu um toque cruzado para anotar o segundo gol na etapa final. No primeiro tempo, Marcos Leonardo havia chutado quase sem ângulo para abrir o placar.

O passe para Marcos Leonardo, 17, anotar foi dado por Gabriel Pirani, 19, um garoto cada vez mais à vontade e mais dono da posição no meio-campo.

Franco Di Santo, ex-Atlético-MG, anotou de cabeça e Ángel Romero, ex-Corinthians, marcaram para o San Lorenzo e evitaram a derrota. Nos 10 minutos finais, os argentinos poderiam ter virado a partida.

Classificado, o Santos estará em um grupo complicado, com Barcelona (EQU), Boca Juniors (ARG) e The Strongest (BOL). Classificam-se os dois primeiros. Nas partidas como visitante, terá de ir a La Bombonera e fazer dois confrontos duas na altitude. Um em Quito (2.850 metros acima do nível do mar) e outro em La Paz (3.640).

No chavão do futebol, seria uma chave para ser encarada com um grupo de jogadores experientes, conhecedores da Libertadores. Segundo o jargão da bola, "cascudos". É uma visão que o Santos já mostrou não ser verdadeira na temporada passada e quase foi campeão. O desafio de Holan será fazer essa caminhada novamente, apoiado, como aconteceu com Cuca, na juventude de garotos talentosos, nas jogadas de linha de fundo de Soteldo e as finalizações de Marinho.

A grande questão será a diretoria manter os principais jogadores para que o técnico argentino consiga ir além do sucesso da equipe da temporada passada. Isso significaria ser campeão.

SANTOS

João Paulo; Madson, Kaiky Fernandes, Luan Peres, Pará; Alison, Felipe Jonatan, Gabriel Pirani (Jean Mota); Marinho (Lucas Braga), Marcos Leonardo, Soteldo (Copete). T.: Ariel Holan

SAN LORENZO

José Devecchi; Herrera Peruzzi; Federico Gattoni, Alejandro Donatti; Rojas, Óscar Romero, Diego Rodríguez (Elias), Juan Ramírez; Ángel Romero, Nicolás Fernández (Melano), Di Santo. T.: Diego Dabove

Estádio: Mané Garrincha, em Brasília (DF)

Juiz: Esteban Ostojich (URU)

Cartões amarelos: Peruzzi, Di Santo e Diego Rodriguez (San Lorenzo); Alison, Marcos Leonardo, João Paulo, Luan Peres e Marinho (Santos)

Cartões vermelhos: Rojas (San Lorenzo)

Gols: Marcos Leonardo e Pará (Santos); Di Santo e Ángel Romero

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