Os amistosos contra Senegal e Tunísia, marcados para Londres e Lille (França), serão os últimos compromissos da seleção brasileira em 2025 e a penúltima chance de testes antes da convocação final para a Copa do Mundo. Carlo Ancelotti pretende aproveitar as partidas para ajustar o sistema tático, corrigir deficiências e definir os nomes que devem compor a base do elenco. Em março, nos Estados Unidos, o técnico terá apenas mais uma oportunidade de observar o grupo antes do torneio.

Um dos principais focos será o amadurecimento do esquema tático. Ancelotti ainda busca o equilíbrio entre o 4-2-4, usado com sucesso na goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, e o 4-3-3, testado contra o Japão com menor desempenho. A ausência de Raphinha, peça importante do ciclo, obriga o técnico a repensar a dinâmica ofensiva e pode influenciar na escolha entre os dois sistemas. As partidas contra as seleções africanas devem indicar o modelo preferido para a Copa.

Na lateral esquerda, o retorno de Alex Sandro é uma das novidades. Com Douglas Santos lesionado, o jogador da Juventus aparece como favorito à titularidade, disputando espaço com Caio Henrique e Luciano Juba. Ancelotti deve observar como o experiente lateral se encaixa em um time que tem laterais direitos mais ofensivos, como Paulo Henrique e Wesley, buscando um equilíbrio entre ataque e defesa.

A convocação também trouxe novas apostas, como Luciano Juba, Vitor Roque e o retorno de Fabinho. Com cerca de “17 ou 18 jogadores” já garantidos na lista final, os amistosos representam uma rara chance para os novatos mostrarem serviço. Entre eles, Fabinho ganha destaque como alternativa a Casemiro, uma lacuna que o Brasil sente desde a eliminação para a Bélgica em 2018. O volante ex-Liverpool deve ser testado como substituto natural do jogador do Manchester United.

Por fim, a definição da defesa titular e a busca por um centroavante seguem abertas. Ancelotti ainda alterna entre Marquinhos, Gabriel Magalhães e Éder Militão como zagueiros principais, enquanto Richarlison e João Pedro disputam a confiança do técnico no ataque. O treinador, porém, pode manter o estilo de jogo sem um “camisa 9” fixo, como na goleada contra a Coreia do Sul, apostando na mobilidade de Rodrygo, Vini Jr., Estevão e Matheus Cunha.