^{_{©afp.com / Christophe Simon - Comemoração do atacante Jo, responsável pelo terceiro e último gol do Brasil neste sábado (15)}}

BRASÏLIA (AFP) - A seleção brasileira estreou com vitória na Copa das Confederações ao atropelar o Japão por 3 a 0 neste sábado, no estádio Nacional Mané Garrincha de Brasília, em partida que marcou a abertura da competição.

Neymar abriu o placar com um golaço logo aos 3 minutos de jogo, Paulinho ampliou aos 2 da etapa final, e Jô selou o resultado nos acréscimos.

Na segunda partida da fase de grupos, os comandados do técnico Luiz Felipe Scolari enfrentarão o México, na próxima quarta-feira em Fortaleza. Em seguida, medirão forças com a atual vice-campeã europeia Itália, no dia 22 de junho em Salvador.

Como aconteceu na sexta-feira, manifestantes protestaram nos arredores do estádio para denunciar o custo das obras da Copa.

O protesto deste sábado reuniu centenas de estudantes (1000, de acordo com os organizadores, e 500, segundo a polícia) mobilizados durante a semana por meio de redes sociais. A polícia usou bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispersar os manifestantes e chegou até a atirar com balas de borracha.

Vinte pessoas foram detidas e os confrontos deixaram mais de trinta feridos, entre eles sete policiais. A manifestação atrapalhou o acesso dos torcedores ao estádio, sendo que centenas de pessoas também enfrentaram filas imensas para retirar seus ingressos.

Por isso, apenas metade dos 72.000 assentos estavam ocupados quando começou a cerimônia de abertura. O espetáculo produzido pelo carnavalesco Paulo Barros, bicampeão do Grupo Especial com a escola de samba Unidos da Tijuca em 2010 e 2012, apresentou a cultura do Brasil e dos outros setes participantes da Copa das Confederações, com dançarinos usando trajes típicos de cada país.

Pouco antes de a bola rolar, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e a presidenta Dilma Roussef foram vaiados pelos torcedores na hora de declarar a abertura oficial do evento.

Blatter quebrou até o protocolo ao dizer em português "por favor, onde está o fair-play e o respeito" antes de passar a palavra para Dilma.