Voo com 111 brasileiros deportados dos EUA tinha oito crianças de até 10 anos

O Governo Federal divulgou, neste sábado (8), detalhes sobre o voo que trouxe 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos. A maioria dos passageiros são jovens.
Antes de chegar ao Brasil, o voo fez escala técnica em Porto Rico. Dos 111 repatriados, 88 continuaram o trajeto do Ceará até Minas Gerais em avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
A Secretaria da Diversidade do Ceará também esteve presente na recepção a pedido da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ para atender uma mulher transgênero e seu marido.
O pouso na capital do Ceará representa uma redução do tempo de restrição física dos repatriados. A medida subtraiu em cinco horas a chegada ao Brasil, reduzindo o período em que os brasileiros permanecem algemados e acorrentados pelos pés durante o transporte.
A lista com o quantitativo e o perfil dos repatriados foi disponibilizada pelo governo norte-americano cerca de cinco horas antes da chegada ao Brasil. No voo desta sexta-feira, não há registros de passageiros sob alerta da Interpol.
Dados da Polícia Federal mostram que a maioria dos repatriados são jovens: oito pessoas têm até 10 anos de idade; 11 têm entre 11 e 20 anos; 38 têm entre 21 e 30 anos; e 33 estão na faixa etária dos 31 a 40 anos. Apenas 17 têm entre 41 a 50 anos e quatro têm 51 anos ou mais, sendo o mais velho do grupo com 53 anos de idade.
Das 111 pessoas, 85 são homens – dos quais 71 estavam desacompanhados – e apenas 26 são mulheres – das quais 12 estavam desacompanhadas. Cerca de 25% (28 pessoas) do grupo veio em núcleo familiar.
A sala de autoridades do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, foi transformada excepcionalmente em Posto de Acolhimento aos Repatriados. A estrutura também inclui acesso à água, alimentação, pontos de energia, internet e banheiro.
No local, foram disponibilizados canais para que os repatriados possam entrar em contato com familiares e obter orientações sobre serviços públicos de saúde, assistência social e trabalho como regularização vacinal e matrícula na rede de ensino. Também foi garantido o retorno seguro e assistido aos destinos finais.
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