Seis líderes goianos do Comando Vermelho foram mortos em operação no Rio
Entre os 117 mortos na Operação Contenção, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, ao menos seis integrantes do Comando Vermelho (CV) oriundos de Goiás foram identificados. Todos estavam foragidos, tinham ligação direta com a facção no Centro-Oeste e eram investigados por crimes como homicídios, tráfico de drogas e porte de armas de uso restrito.
A confirmação foi feita pela Superintendência de Inteligência Integrada da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), em conjunto com a Polícia Científica do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, o grupo atuava em diferentes cidades goianas, liderando o tráfico local e coordenando ações violentas em nome do CV.
Entre os mortos estão Marcos Vinicius da Silva Lima, conhecido como Rodinha ou Brancão, apontado como chefe do CV em Itaberaí, e Eder Alves de Souza, o Disquete, que operava em Aparecida de Goiânia. Também foram identificados Adan Pablo Alves de Oliveira (Madruga), Fernando Henrique dos Santos (Fernandinho ou Periquito), Cleiton Cesar Dias Mello (Cleitinho) e Vanderley Silva Borges (Deley ou Cabeção). Todos possuíam longas fichas criminais, com registros por homicídio, tráfico e associação criminosa.
De acordo com a SSP-GO, a presença desses criminosos no Rio confirma um movimento já observado pelas forças de segurança: integrantes de facções de outros estados buscam refúgio em comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, onde recebem treinamento, acesso a armamentos importados e oportunidades de ascensão dentro da hierarquia da facção.
Em resposta, o governo de Goiás mantém tropas de elite do BOPE e do GT3 em prontidão para apoiar futuras operações no Rio e reforçou o monitoramento de possíveis remanescentes da facção que possam tentar retornar ao estado após a ofensiva policial. A SSP-GO afirma que a cooperação interestadual é essencial para conter a expansão do CV e desarticular suas conexões fora do Rio de Janeiro.
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