Secretários de Saúde pedem toque de recolher nacional para evitar colapso
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, divulgou nesta segunda-feira (1) uma carta com sugestões de medidas urgentes contra o iminente colapso das redes pública e privada de saúde diante do aumento dos casos de Covid-19 no Brasil.
Segundo um site de notícias do Globo, resumidamente o Conass afirma que o Brasil vive pior momento da pandemia, com patamares altos em todas as regiões e que falta condução nacional unificada e coerente da reação à pandemia.
A carta diz que é preciso proibir eventos presenciais, inclusive atividades religiosa, suspender aulas presenciais em todo o país, adotar toque de recolher nacional; fechar bares e praias, ampliar testagem e acompanhamento dos infectados e criar um Plano Nacional de Comunicação para esclarecer a população da gravidade da situação
A carta foi divulgada no momento em que o país bate recordes consecutivos de mortes e casos, e dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter criticado o uso de máscaras, ter provocado aglomerações e ameaçado governadores com corte de repasse de verbas no caso de adoção de medidas mais severas contra a circulação de pessoas.
O pedido do Conass contra a permissão para atividades religiosas ocorre no mesmo dia em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), assinou decreto que as define como serviço essencial no estado.
Entidades médicas e governadores
No domingo, 45 entidades médicas também divulgaram um apelo pedindo ação contra o agravamento da pandemia. No texto, as associações defendem o uso de máscaras e criticaram, indiretamente, a postura do presidente. "Direcionamentos contrários (ao uso das máscaras) desconstroem, confundem e agravam a situação do país", afirmaram as entidades.
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