'Se forem culpados, terão que pagar', diz Lula sobre denúncia contra Bolsonaro e outros 33

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar diretamente a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 suspeitos de tramarem um golpe de Estado entre 2021 e 2023. Durante uma entrevista no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância do direito à ampla defesa, afirmando que, se forem considerados culpados, "terão que pagar pelo erro que cometeram".
"Eu não vou comentar um processo que está na Justiça. O que eu posso dizer é que nesse país, no tempo em que eu governo o Brasil, todas as pessoas têm direito à presunção de inocência. Se provarem que não tentaram dar golpe e que não tentaram matar o presidente, o vice e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ficarão livres e serão cidadãos que poderão transitar pelo Brasil inteiro", disse o presidente.
Lula mencionou indícios de um plano golpista que incluía a possibilidade de assassinar ele próprio, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Ele reafirmou a presunção de inocência, ressaltando que, se os denunciados provarem sua inocência, poderão continuar a transitar livremente pelo país.
Na terça-feira (18), a PGR formalizou a denúncia, acusando Bolsonaro e outros de arquitetar a tentativa de impedir a posse de Lula. A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, foi tornada pública nesta quarta, servindo como base para a investigação.
Lula fez suas declarações ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, durante a assinatura de atos bilaterais.

ASSUNTOS: Brasil