Postos com marca Corinthians pertencem a investigados por ligação com o PCC
Três postos de combustíveis que utilizam a marca oficial do Corinthians estão registrados em nome de empresários investigados pela Operação Carbono Oculto, considerada a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, deflagrada em agosto, apura crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes tributárias que ultrapassam R$ 8 bilhões.
Os estabelecimentos funcionam na Zona Leste de São Paulo e aparecem na base da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com outras razões sociais: Auto Posto Mega Líder Ltda, Auto Posto Mega Líder 2 Sociedade Unipessoal Ltda e Auto Posto Rivelino Ltda. Os nomes estão ligados a Pedro Furtado Gouveia Neto, Luiz Ernesto Monegatto e Himad Abdallah Mourad, todos apontados como integrantes do grupo chefiado por Mohamad Hussein Mourad, considerado peça central no esquema criminoso.
O Corinthians afirmou que não administra diretamente os postos e que a marca é licenciada por uma empresa responsável por intermediar os contratos. O clube declarou que acompanha as investigações e poderá adotar medidas jurídicas, caso necessário.
Segundo levantamento, ao menos 251 postos de combustíveis estão ligados a 16 alvos da operação em quatro estados. Os três postos com a marca Corinthians foram divulgados oficialmente pelo clube entre 2021 e 2023 como parte de uma estratégia de aproximação com torcedores.
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