Vinte pessoas são denunciadas pelo MP por adulterar garrafas de cerveja em SP
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou 20 pessoas acusadas de adulterar e falsificar bebidas alcoólicas em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo.
De acordo com a denúncia, o grupo foi flagrado pela polícia no dia 23 de setembro em um galpão onde realizava a troca de rótulos e tampas de cervejas. O esquema transformava bebidas de baixo valor comercial em produtos de marcas famosas.
Durante a operação, foram apreendidas centenas de caixas de garrafas cheias e vazias, prensas manuais, impressoras portáteis, empilhadeira, barris de chope, barricas de cola, além de rótulos e tampas de diversas marcas. Cadernos de anotações com o controle da produção também foram recolhidos.
O promotor Felipe Santa Fé solicitou a realização de perícia técnica para verificar se as bebidas apreendidas apresentam risco à saúde, incluindo a presença de metanol.
As denúncias foram aceitas pelo juiz Luiz Marino, que autorizou a abertura do processo penal e manteve a prisão preventiva de parte dos acusados, alegando a necessidade de evitar a prática de novos crimes.
Entre os denunciados estão: Edimilson Tafine Nacedo, Claudiano Mendonça da Cruz, Willians do Prado, José Wellighton Lima Pereira, Luiz Gabriel Izidoro da Silva, Leonardo de Souza, Joel Pires Junior, Vitor Hugo de Almeida Santos, Bruno Henrique Aparecido Ribeiro da Silva, Simone Oliveira dos Santos, Mislene de Oliveira Cruz, Eduarda Bomfim Macêdo, Débora de Souza, Bianca Carolaine Gomes de Oliveira, Roberta Ramos da Silva, Vitória Oliveira da Silva, Isabel Lauany Ribeiro da Silva, Milene Ferreira de Oliveira, Matheus Oliveira dos Santos Severino e Antonio da Silva Cruz.
A defesa de parte dos réus argumenta que não houve adulteração do conteúdo das garrafas, apenas substituição de rótulos e tampas, o que configuraria infração de menor gravidade. Segundo os advogados, “o produto, embora rotulado como marca diversa, continuava sendo cerveja própria para o consumo”.
Um dos acusados, Joel Pires Junior, declarou em sua defesa que atuava apenas como funcionário, cumprindo tarefas determinadas “sem poder de decisão ou participação nos lucros do esquema”.
O caso segue em investigação, e a perícia será determinante para confirmar se as bebidas falsificadas ofereciam riscos à saúde pública.
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