Uma empresa marítima grega que tem representação no Brasil, está sendo alvo de uma operação da Polícia Federal que acontece na manhã dessa sexta-feira (1) no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ela pode ser a responsável pelo derramamento de óleo que está se espalhando há mais de 3 meses por praias do nordeste brasileiro.

Funcionários e representantes da empresa são alvos de mandados mandados judiciais que incluem a busca por documentos e outros arquivos na sede da agência de representação.

De acordo com as investigações, todos os indícios e pistas colhidos até agora indicam o navio, que não é fantasma como se pensava no início, teria liberado o óleo no Oceano Atlântico no final do mês de julho. Com as correntes marítimas, o produto chegou as praias do litoral e já causou danos ambientais incalculáveis.

Uma empresa de geointeligência contratada pelo Governo para apurar o caso, constatou que o óleo cru seria originário do porto San José, na Venezuela, onde o navio teria atracado no dia 15 de julho e teria sido abastecido com o produto.

Dias depois de seguir viagem, ele teria parado nos EUA onde foi investigada a possibilidade um defeito operacional ter liberado o óleo no mar.

Para o Ministério Público, o comandante e a tripulação do navio teriam ciência do vazamento, mesmo assim, não comunicaram mas autoridades permitindo a catástrofe ambiental.

Várias praias de estados do Nordeste já foram afetadas, assim como espécies de animais marítimos que tem morrido por conta do contato com o óleo.