‘Orelha’ é condenado por envolvimento no assassinato de Marielle Franco
Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, foi condenado a cinco anos de prisão por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O homem é acusado de ser o responsável por destruir o carro GM Cobalt utilizado no crime. A decisão é do juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal.
Orelha foi preso em fevereiro após investigações confirmarem informações da delação do ex-PM Élcio de Queiroz, responsável por dirigir o carro após o crime. A defesa de Edilson informou que irá recorrer da decisão.
"A sentença foi baseada apenas na delação do Élcio. E a delação tem que vir de outros elementos de prova. A pena também foi exagerada porque ele é réu primário", disse o advogado Felipe Souza.
Na decisão, o juiz argumentou que a destruição do carro comprometeu a investigação do caso. "A destruição do carro embaraçou as investigações daqueles homicídios, impossibilitando a realização de perícia criminal no veículo e, assim, contribuindo para que os executores dos crimes somente se tornassem suspeitos de seu cometimento quase um ano após a ocorrência das infrações e, por conseguinte, contribuindo para que os suspeitos de serem os mandantes só se tornassem conhecidos neste ano de 2024, seis anos após as mortes", afirmou o magistrado.
Na delação, Queiroz afirmou que Orelha foi acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso desde julho do ano passado, para se livrar do veículo usado no atentado.
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