Novos ofícios mostram que Pazuello ignorou colapso em Manaus
Documentos reunidos durante investigação da PF mostram que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e o comando do Exército da Amazônia foram avisados com ao menos seis dias de antecedência, sobre o aumento do consumo de oxigênio e o esgotamento iminente do insumo que causou a morte de várias pessoas asfixiadas em hospitais de Manaus .
Os pedidos de ajuda e relatórios detalhados sobre o consumo foram enviados em ofícios direcionados primeiramente ao general Teophilo Oliveira, comandante militar da Amazônia e em seguida foi encaminhado a Pazuello. O ex-ministro também recbeu ligações e fez a té uma reunião com o ex- secretário de Saúde do Estado, Marcellus Campelo.
O governador Wilson Lima também relatou a situação via ofício enviado ao Comando e a Pazuello no dia 9 de janeiro. Nele, Lima alertou para a urgência do envio do insumo e solicitou apoio para transportar 500 cilindros de três cidades diferentes para Manaus.
Ele também solicitou tanques de oxigênio em caráter de urgência e afirmou que no dia seguinte todos estes materiais estariam disponíveis, no dia 12, dois dias antes do colapso.
Outros documentos enviados a autoridades integrantes do Ministérios da Saúde também foram informadas sobre a situação, mas além da demora na ajuda, os documentos e os resultados do colapso comprovam que ela foi insuficiente.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a investigação da PF também aponta que foi apenas depois que o caos e as mortes se instauraram no Amazonas foi que o transporte de oxigênio foi intensificado. O relatório e cópias dos ofícios que comprovam que Pazuello ignorou a crise na saúde no estado foi entregue à CPI da Covid e deve se somar às provas no processo que que tramita na Justiça Federal de Brasília, no qual o ex-ministro responde por omissão e improbidade.
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