Mourão nega intervenção de Bolsonaro na Petrobrás: 'questão de confiança'
O vice-presidente Hamilton Mourão negou nesta segunda-feira (22) que o presidente Jair Bolsonaro interviu na Petrobrás ao indicar o general de reserva Joaquim Silva e Luna para a presidência da estatal. Segundo Mourão, trata-se de uma “questão de confiança” e que a substituição do comando poderia ocorrer em março.
“Não (foi intervenção), pô. Está dentro da atribuição do presidente. O mandato do Roberto (Castello Branco) terminava dia 20 de março, poderia ser renovado ou não, a decisão é não renovar", declarou. Ele diz que pode ter ocorrido falta de comunicação entre Bolsonaro e o atual presidente da companhia.
Sobre a desvalorização das ações da Petrobrás após a mudança, Mourão avaliou que o mercado é um “rebanho eletrônico” e a medida não prejudicará a companhia, já que o general é um “camarada extremamente preparado”.
"Não vejo forma de intervir nos preços, até pela própria legislação que rege a companhia, que é o que está sendo comentado e muito, não vai haver isso. É uma questão de confiança na pessoa que está lá, pelo o que o presidente colocou”.
A nomeação de Luna, que assume no lugar de Roberto Castello Branco, ainda precisa ser ratificada pelo conselho de administração da Petrobras. O general é ex-ministro da Defesa e chefiava a hidrelétrica de Itaipu.
Caso aprovado, o nome de Luna será o terceiro a ocupar o comando da Petrobrás - os presidente anteriores também foram indicados pelo governo federal.
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