Moraes derruba sigilo da delação premiada de Mauro Cid

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou nesta quarta-feira (19) o sigilo do acordo de delação premiada firmado entre a Polícia Federal e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A decisão também abriu um prazo de 15 dias para que os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentem suas defesas por escrito.
Com a retirada do sigilo, os depoimentos de Mauro Cid devem ser tornados públicos ainda nesta quarta-feira. O militar prestou informações sobre investigações que envolvem uma suposta tentativa de golpe de Estado, o caso das joias da Arábia Saudita e suspeitas de fraude nos cartões de vacinação. O acordo pode garantir a Cid benefícios como a redução da pena caso suas declarações sejam confirmadas.
Na decisão, Moraes afirmou que a publicidade dos depoimentos é necessária para garantir o direito de defesa dos denunciados. O ministro ressaltou que, com a apresentação da denúncia pela PGR, não há mais razão para manter o sigilo sobre a delação.
A delação de Mauro Cid é considerada peça-chave nas investigações contra Bolsonaro e seus aliados. A PGR afirma que o ex-presidente liderou um grupo que tentou minar a democracia e se manter no poder de forma ilegal. A defesa de Bolsonaro nega as acusações e afirma que ele está sendo perseguido politicamente.
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