Deportado beija o chão ao chegar ao Brasil e relata sofrimento nos EUA
César Diego Justino, corretor de imóveis de Goiás, foi um dos brasileiros repatriados dos Estados Unidos na noite de sexta-feira (7). Ao desembarcar em Belo Horizonte, ele beijou o chão do aeroporto em sinal de alívio. Justino havia chegado aos EUA em outubro de 2024 com a intenção de trabalhar, mas foi deportado após se entregar às autoridades. Em relato emocionado, ele afirmou que a situação nos Estados Unidos está “muito difícil” e desaconselhou a imigração ilegal, mencionando os quatro meses de detenção e os abusos enfrentados, como longas horas algemado sem alimentação.
O voo, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), foi o segundo de deportados no governo de Donald Trump. Os repatriados desembarcaram primeiro em Fortaleza, onde alguns enfrentaram dificuldades, como a falta de comida por até 12 horas. Eles foram recebidos com apoio de comitivas locais e orientados sobre assistência social. O governo de Minas Gerais anunciou que irá fornecer apoio, incluindo transporte, alimentação e capacitação profissional para os deportados.
O uso de algemas, prática comum nos voos de deportação dos EUA, gerou polêmica, sendo removida após o desembarque no Brasil, conforme determinação do Ministério da Justiça.

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