Criminosos forjam casamento com pessoas mortas para receber benefício do INSS
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (9), a operação União Póstuma que investiga criminosos que forjavam casamento com pessoas mortas para receber benefícios do INSS. Ao todo, 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos suspeitos na Baixada Fluminense, na Capital e na Agência da Previdência Social em Japeri / RJ.
De acordo com a polícia, o grupo de criminosos falsificava documentos públicos e particulares, bem como selos e sinais de autenticação cartorial, usados em requerimentos de benefícios previdenciários e assistenciais, sendo o principal deles as pensões por morte.
Com documentos falsos, os suspeitos forjavam relações conjugais entre o segurado previdenciário falecido que não deixou dependente válido e um suposto companheiro (a). Para isso, servidores do INSS ajudavam os criminosos criando tarefas e movimentando os sistemas informatizados da Previdência Social, mesmo sem o comparecimento dos segurados às Agências da Previdência Social.
Os suspeitos também reativaram, sem pedido, os benefícios previdenciários que haviam sido suspensos ou que estavam com pagamentos represados. Ainda conforme a polícia, os criminosos também tinham apoio de advogados, despachantes e de um escrevente que trabalhava em cartório de títulos e documentos.
Até o momento, as investigações apontam que há cerca de 700 benefícios com indícios de irregularidades que geraram um desvio de cerca de R$ 21 milhões. Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa, falsificação de documento público e particular, uso de documento falso e peculato eletrônico. As penas somadas ultrapassam 15 anos de prisão.
A operação apreendeu 11 veículos, HDs, celulares, agendas, documentos diversos, formulários do INSS e processos de pensão por morte. Também foi determinado o bloqueio de diversas contas bancárias, além de sequestro e arresto de bens móveis e imóveis.
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