Começa hoje julgamento dos 7 acusados de matar jogador Daniel
Após seis anos, começa nesta segunda-feira (18), o júri popular de sete réus por envolvimentos na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, de 24 anos, em São José dos Pinhais, no Paraná.
O jogador do São Bento (SP) foi encontrado morto no 27 de outubro de 2018, parcialmente degolado e com o pênis cortado. Ele foi assassinado após participar da festa de aniversário de Allana Brittes, filha do empresário Edison Luiz Brittes Júnior, de 38 anos, que confessou o assassinato.
A família da vítima mora no interior de Minas Gerais e vai até o Paraná para acompanhar o julgamento.
Um sorteio definirá a escolha dos jurados. Ao todo, 160 foram convocadas e sete serão selecionadas para o Conselho de Sentença.
O júri deve se estender até quarta-feira (20), conforme estimativas de advogados envolvidos no caso.
Serão 2h30 para a defesa e 2h30 para os acusados. Caso seja necessária réplica ou tréplica, o juiz poderá acrescentar mais 2h para defesa e réus.
Os réus são:
- Edison Brittes Júnior: responde por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ocultação do cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo;
- Cristiana Rodrigues Brittes (esposa de Edison): acusada por homicídio qualificado por motivo torpe, fraude processual, corrupção de menor e coação do curso do processo;
- Allana Emilly Brittes (filha do casal): réu por coação do curso do processo, fraude processual e corrupção de menor.
- David Willian Vollero Silva (namorado de Allana que ajudou a imobilizar o jogador): responde por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ocultação do cadáver;
- Eduardo Henrique Ribeiro da Silva (ajudou a imobilizar o jogador): acusado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ocultação do cadáver e corrupção de menor;
- Ygor King (ajudou a imobilizar o jogador): réu por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ocultação do cadáver;
- Evellyn Brisola Perusso: Fraude processual por modificar a cena do crime.
O juiz que conduzirá o julgamento é Thiago Flores Carvalho, o quinto juiz designado para o caso.
O crime
No dia 26 de outubro de 2018, Daniel participava da festa de aniversário de 18 anos de Allana em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou até o dia seguinte na casa dos Brittes.
Antes de ser espancado e morto, o jogador trocou mensagens e fotos com um amigo onde aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes. Edison Brittes teria flagrado os dois no quarto e alegou ter matado o jovem "sob forte emoção", além de acusado de ter estuprado a esposa.
A Polícia Civil informou que o jogador não teve como reagir, pois estava embriagado e nega a acusação de estupro feita pelos acusados.
O laudo do IML e da perícia confirmam que Daniel foi morto pelas facadas no pescoço, mas não afirmam se ele foi mutilado ainda com vida.
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