CNJ anula afastamento de Gabriela Hardt, juíza da Lava Jato
Após afastar do cargo a juíza Gabriela Hardt por supostas irregularidades na Lava Jato, o Conselho Nacional de Justiça anulou, nesta terça-feira (16), a decisão. Foi mantido, porém, o afastamento de dois desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
O CNJ derrubou, por 8 votos a 7, a decisão que havia afastado Hardt. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ, votou contra o afastamento afirmando que foi uma decisão "ilegítima, arbitrária e desnecessária". Segundo Barroso, Luís Felipe Salomão, corregedor do CNJ, não tinha justificativa para punir os magistrados em decisão monocrática, um dia antes de uma sessão colegiada do Conselho.
O CNJ vai investigar se Hardt e o senador Sergio Moro (União-PR) violaram leis da magistratura durante a operação Lava Jato. O argumento usado para afastar a juíza é que ela direcionou R$ 2,5 bilhões obtidos com delatores, ao homologar um acordo entre a Petrobras e a Lava Jato no Paraná, para que a força-tarefa administrasse um fundo bilionário, que chegou a ser criado mas foi suspenso dois meses depois.
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