Bolsonaro 'proíbe' o Renda Brasil e diz que Bolsa Família continua até 2022
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautoriza mais uma vez a equipe do ministro Paulo Guedes. No vídeo o presidente negou notícias recentes de que o Ministério da Economia estaria estudando congelar aposentadorias e cortar benefícios sociais de idosos e deficientes pobres para financiar o Renda Brasil.
Segundo o UOL, Bolsonaro não só negou o congelamento e o corte, como "proibiu" a discussão sobre o programa social que deveria substituir o Bolsa Família, criado durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra (sic) Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", disse o presidente no vídeo.
No domingo, um dos principais assessores de Guedes, o secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o governo estuda desvincular benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, do salário mínimo. A medida defendida pelo secretário abriria espaço no Orçamento para financiar o Renda Brasil, já que na prática a desvinculação acarretaria num congelamento das aposentadorias.
Conforme Waldery Rodrigues, ficariam sem reajuste por dois anos todas as aposentadorias, das com valor de um salário mínimo até as de valores mais altos. Hoje as aposentadorias e pensões são reajustadas de acordo com o salário mínimo.
O salário mínimo, por sua vez, é reajustado anualmente pelo menos para repor perdas com a inflação, como determina a Constituição.
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