Após comer peixe, irmãs são internadas em Recife com doença da urina preta
Duas irmãs foram internadas em um hospital particular de Recife, após confirmarem diagnóstico da Síndrome de Haff, condição super rara conhecida como 'doença da urina preta'. Os sintomas começaram após as mulheres comerem um peixe da espécie arabaiana.
De acordo com um site do sistema Globo, a mãe das pacientes, Betânia Andrade contou que a filha Flávia Andrande, 36, comprou o alimento, e convidou ela e a irmã Pryscila,31, para almoçar.
"Flávia fez um almoço na última quinta-feira e convidou eu e Pryscila. Além de nós, tinha o filho de Flávia, de 4 anos, e duas secretárias. Os cinco comeram o peixe, menos eu. Quatro horas depois, Pryscila enrijeceu toda, teve cãibra dos pés até a cabeça e não conseguia andar. Meu neto, de madrugada, teve dores abdominais e diarreia, e as duas secretárias sentiram dores nas costas", disse Betânia.
Ainda segundo a mãe o diagnóstico foi informado somente no sábado (20).
"Flávia foi visitar Pryscila na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e escutou o médico conversando com outra pessoa sobre uma doença associada ao consumo de arabaiana. Ela interrompeu a conversa e contou que tinha comido, com a irmã, esse peixe. Foi quando ele diagnosticou a síndrome de Haff em Pryscila e encaminhou Flávia para fazer exames, sendo internada no quarto, pois ela não aceitou ir para a UTI", disse.
Até esta quinta-feira (23) Pryscila ainda estava em UTI, com o fígado comprometido, rins paralisados e água no pulmão. Flávia está internada em apartamento, por comeu uma porção menor do peixe, e apresenta baixa taxa de leucócitos.
Segundo a publicação, o infectologista Filipe Prohaska contou que as causas da doenã rara ainda são pouco conhecidas, mas que podem estar associadas ao consumo de peixes como arabaiana e tambaqui mal acondicionados.
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