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PF e PGR não podem perder o respeito da sociedade


Por Raimundo de Holanda

26/05/2020 17h37 — em
Bastidores da Política



É exagero chamar a Polícia Federal de Gestapo, em referência a polícia secreta de Adolfo Hitler. Bolsonaro não e o sanguinário ditador alemão que levou o mundo a uma das maiores carnificinas da história. Nem a PF deixou de ser uma polícia de Estado. Mas que o presidente  passou a exercer um domínio sobre a instituição desde a exoneração do ministro Sérgio Moro, isso é fato. Como é fato que  passou a arar sementes de beladona, arbusto que causa delírio e alucinações, depois que indicou seu amigo Augusto Aras para a PGR.

Que ele agora manda, também é verdade. Se a Policia Federal e a PGR se curvam a  Bolsonaro, ele faz o que sabe fazer: surfa  no confronto, domina o espaço de Aras e cavalga por caminhos perigosos para o país.

Um aviso: desafiar Bolsonaro, criticar Bolsonaro, inquirir Bolsonaro, pode ser visto pelo principal órgão  de controle como crime contra a honra do presidente, ou calúnia. Não faltará um juiz  desatento para acatar um pedido de prisão, busca e apreensão, que a PF cumprirá imediatamente. Os tempos mudaram. A justiça também está  sendo dominada.

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ASSUNTOS: Bolsonaro, helena Witze, PGR, Policia Federal, Wilson Witzel

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.