O caso das prisões ocorridas nesta sexta-feira, um desdobramento da "Maus Caminhos", atingiu em cheio o senador Omar Aziz. A família presa, ele amparado pelo instituto do Foro Privilegiado, mas olhando para um futuro cheio de incerteza. Não sei se o senador terá o necessário equilíbrio para encontrar abrigo em meio a essa tempestade. Ou se sucumbirá na tentativa de salvar sua biografia.

Omar é vítima de uma paixão sem limites e sem freios, aliás, como toda paixão, e de relações familiares tão complexas que a gente, para entender, tem de olhar para dentro de casa, fazer uma viagem sobre a família e o quanto ela pesa e foge do nosso controle.

Olhar para nós mesmos antes de fazer julgamentos. Isso fica para a justiça, que aliás já está fazendo o seu papel, de comparar fatos , condenar ou absolver. Não vou ficar jogando pedras em Omar, nem virar as costas para ele. É meu amigo...

E amigo de longa data, de antes de ingressar na vida pública, de ser vereador, vice governador, governador e senador. No dia que ele for apenas o Omar vou continuar seu amigo, embora isso não seja suficiente para ajudar a curar as feridas agora abertas. Mas possivelmente  terão parado de sangrar, se transformando em cicatrizes que deixarão o pesadelo de agora como uma amarga lembrança de um tempo que custou a passar. No final, ele poderá ter conquistado a sabedoria, que também se adquire no sofrimento.

@@@ 

Para ele, desejo forças para enfrentar este momento com altivez. E que todo esse sofrimento possa ajudá-lo a ser melhor do que sempre foi ou tentou ser .

E para os que não compreendem minha manifestação de apreço ao  amigo, ou outras opiniões que emito neste espaço, deixo uma frase  de François-Marie Arouet, o nosso Voltaire,   filósofo iluminista francês. "O meu ofício é dizer o que penso". 

Holanda