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Anitta, um show de gastança inesquecível


Por Raimundo de Holanda

18/07/2019 21h05 — em
Bastidores da Política



O Festival Folclórico de Parintins encerrou há duas semanas e a polêmica em torno do cachê de Anitta continua. No centro do furacão o prefeito Bi Garcia, investigado pelo Ministério Público e outros órgãos de controle. Bi, que costuma frequentar o noticiário mais negativo da política - recentemente teve bloqueados R$ 6,8 milhões em bens  pela Justiça Federal, e contas reprovadas pelo TCE, agora aparece com uma novidade. O  jatinho usado pela cantora e a logística  que ela montou justificariam, segundo ele, os R$ 500 mil pagos pelo show em Parintins. Não justifica. E não apenas pelo valor considerado altíssimo, mas porque Anitta ficou maior que o próprio festival, onde os dois bois - Garantido e Caprichoso - foram colocados em segundo plano. Quer dizer, uma facada que o perfeito deu no erário, e outra na cultura regional.

Pouco antes do Festival o governo do Amazonas tirou dinheiro do FTI para socorrer a saúde de Parintins e outros municípios, onde crianças morrem de subnutrição, a evasão escolar é grande e o  desperdício do dinheiro público é recorrente.

INDIO ANDOU DE CARRO E GASTOU MUITO

A Fundação Estadual do Índio não economizou em aluguel de carros para o evento Abril Cultural,  criado para festejar o Dia do Indio. Com duração de 4 dias, a festa consumiu, com aluguel de carros,  R$ 78 mil, uma média de 47 veículos, considerando o valor de mercado de R$ 400 a diária.

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Somente agora, com a publicação dos extratos no Diário Oficial, o contribuindo tomou conhecimento da gastança.

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Os carros foram fornecidos, apenas por quatro dias, pela Azulhltec Empreendimentos, empresa cuja linha de fornecimento está restrita  a instalação e montagem de ar condicionados

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ASSUNTOS: Amazonas, Anitta, Bi Garcia, caprichoso, Garantido

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.