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O 'time' de Bolsonaro no jornalismo profissional


Por Raimundo de Holanda

10/01/2022 17h32 — em
Bastidores da Política



O ano começou sombrio, com o avanço de uma nova variante da Covid 19.  Pra complicar, é ano de eleição. Ano dos políticos venderem o que não podem entregar e um tempo no qual aqueles que poderiam garantir a prevalência da verdade sobre a mentira (e que estão concentrados em uma imprensa mais profissional), começam a trocar a razão pela emoção.

A verdade aos poucos se torna um bem menor. Falar mal, repetidamente e incessantemente de quem é mau é promover o mal. É torná-lo perene e eficaz.

É o que o autoproclamado jornalismo  profissional vem fazendo do presidente Bolsonaro. Hoje o nome mais citado, mais lembrado, mais atacado em toda a imprensa.

De cada oito frases relativas à politica brasileira, em uma delas está o nome do presidente, como incapaz, criminoso, insensível, cruel, perverso.  Bolsonaro parece mais uma vítima de uma rede de ódio que na verdade tem outra face, criada por ele. Mas a imprensa faz um papel às avessas.

No fundo, divulga meias verdades. E há também ódio nos textos assinados por colunistas na grande imprensa - O Globo, Folha, Uol, Estadão...

Não é razoável se contrapor à rede de ódio que Bolsonaro e seus seguidores criaram com mais ódio. É uma estratégia errada de fazer oposição a um presidente que tem inúmeros defeitos, mas não se pode negar que sabe fazer o jogo do momento, sem regras e cujo objetivo final é minar as instituições do Estado.

Esse é um jogo que não sabemos jogar. Mas se estamos na defensiva, precisamos saber defender a democracia. Pelo jeito, não sabemos. E essa é uma batalha que, apesar da aparente queda de popularidade de Bolsonaro, não ganhamos ainda e corremos o sério risco de perder…

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.