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O saco de maldade de Dilma com a Suframa


Por Raimundo de Holanda

30/04/2015 22h26 — em
Bastidores da Política



A Suframa ficou na “geladeira” durante quase nove meses. Isolada, paralisada, cuidando do rame-rame cotidiano, enquanto a estrutura física e técnica do modelo sucateava. A presidente Dilma, que durante seu primeiro mandato empurrou promessas com a barriga, neste segundo simplesmente virou as costas, ignorando até a aplicação das leis, como a PEC da prorrogação e a recém-aprovada MP do reajuste dos servidores. Se para o resto do país Dilma não governa mais, para a Zona Franca ela deixou de existir. Ontem a porta do congelador se abriu, timidamente, para deixar escapar novos projetos, a um custo muito alto: média de R$ 600 mil por posto de trabalho.

GARRAS AFIADAS

O ministro do MDIC, Armando Monteiro, era esperado para a reunião do CAS da Suframa, mas saiu de fininho do compromisso, para evitar as cobranças que teria de enfrentar das lideranças políticas locais pela indicação do novo superintendente da Suframa. O governador José Melo, o senador Omar Aziz e o prefeito Arthur Neto estavam de garras afiadas para exigir uma definição do ministro. Em seu lugar veio o secretário-executivo do ministério, Ivan Ramalho, que por sua vez saiu pela tangente dizendo que “este assunto está sendo conduzido pessoalmente pelo ministro Armando Monteiro, com toda a tranquilidade”. Uma tranquilidade que está deixando os amazonense com os nervos à flor da pele.

PERICULUM IN MORA

Cutucando a deputada Alessandra Campêlo que reclamava de não ter conseguido apresentar emenda ao projeto de lei da Cidadania Fiscal, aprovado ontem na Assembleia Legislativa, o deputado Belermino Lins definiu a “bobeira” da colega recorrendo ao termo jurídico periculum in mora (o perigo da demora), traduzindo para ela de um jeito bem caboclo: “quem dorme em pé, perde ônibus”.

EXIGËNCIA DA NOTA FISCAL

O governo estadual vai recriar o programa de incentivo à exigência da Nota Fiscal pelos consumidores amazonenses. O projeto de Lei que cria o Programa Estadual de Cidadania Fiscal foi aprovado ontem na Assembleia Legislativa. Situação e oposição elogiaram o esforço pelo aumento da arrecadação. O deputado Luiz Castro lembrou que a primeira iniciativa sobre exigência de NF aconteceu no governo José Lindoso (1979/82), com a Campanha do Manu, com o lema “O imposto que você paga, paga o progresso que você vê”. Vários Estados já criaram suas campanhas, entre eles São Paulo, Rio e o Distrito Federal. 

DESASTRE TOTAL

Ao comparar o prejuízo que o terremoto causou ao Nepal, no montante de US$ 6  bilhões, o deputado federal Artur Bisneto (PSDB) disse que o prejuízo da  Petrobras foi de R$ 21 bilhões, e concluiu que a gestão petista "é mais devastadora que um terremoto."

PT MULTADO EM R$ 4,9 MI

O Tribunal Superior Eleitoral multou em R$ 4,9 milhões e suspendeu, por três  meses, o acesso do PT às cotas do  Fundo Partidário em função de  irregularidades nas contas petistas no exercício de 2009, período anterior ao ex- tesoureiro João Vaccari Neto, preso pela Polícia Federal. Será que o exercício  de 2010 vai ter novidades nas contas do PT?

TAPAS SEM BEIJOS

O presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB/AM) não  perde oportunidade de alfinetar sem sutileza nenhuma a presidente Dilma  Rousseff. Nesta quinta-feira ele afirmou que Dilma não vai falar à nação no dia 1º  de maio simplesmente por não ter o que dizer. Deve ser, mesmo assim Renan  propôs um pacto a favor do emprego até o país voltar a crescer. Vai ser longo  esse pacto.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.