Arthur interfere, greve acaba, mas remédio é extremo
O prefeito Arthur Neto agiu em nome do interesse público, ao intervir na greve dos rodoviários. Mas a medida adotada - emprestar o dinheiro do 13o dos motoristas e cobradores ao sindicato patronal - foi um remédio extremo, que exige contrapartidas e compromisso tácito de devolução, pois se trata de dinheiro público.
E a questão não morre aí. É necessária uma revisão do contrato de concessão e uma nova licitação para habilitar empresas com capacidade de fornecer um serviço de qualidade à população.
As sucessivas greves de motoristas e cobradores este ano expuseram a fragilidade das empresas que sequer conseguem assumir compromissos com seus funcionários, menos ainda com os usuários de um serviço essencial.
Esse é um desafio que Arthur terá que enfrentar no inicio do novo ano. E certamente o fará, como parte de seu projeto de revitalizar Manaus.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.