TRE-AM e TJAM elegem novos presidentes para 2025-2027; saiba nomes
Manaus/AM - O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) elegeram, nesta terça-feira (10), seus novos presidentes. A posse será no início de 2025, com mandato previsto para o biênio 2025-2027.
O TRE-AM terá como nova presidente a desembargadora Carla Reis, com a desembargadora Nélia Caminha como vice-presidente e corregedora. Durante a coletiva de imprensa, a desembargadora eleita para a presidência do TRE-AM destacou que as eleições de 2026 serão desafiadoras, devido à crescente polarização política e ao impacto das mudanças climáticas na logística eleitoral, especialmente em regiões remotas afetadas pela seca e pelas cheias. Ela ressaltou que a colaboração com a Marinha e a Aeronáutica será essencial para garantir o sucesso do pleito.
Ao abordar sua futura gestão, a magistrada também ressaltou o papel histórico de duas mulheres no comando do tribunal, afirmando que isso representa um marco para o empoderamento feminino. Destacou ainda a importância de combater fraudes eleitorais, como candidaturas laranjas, e de seguir rigorosamente a lei eleitoral. A desembargadora concluiu afirmando que a Justiça Eleitoral estará preparada para enfrentar os desafios de 2026, com foco na transparência, integridade e aplicação firme das leis.
Durante a ocasião, foram questionadas as expectativas para as eleições gerais de 2026 e as avaliações para o uso da inteligência artificial, considerando que as eleições de 2022 foram marcadas pela polarização entre esquerda e direita, assim como pela intensa propagação de fake news e deepfakes. "A lei deve ser cumprida acima de tudo, assim trabalharemos. Fake news, inteligência artificial é algo novo, mas também temos como combater. Seremos firmes e intransigentes nesse assunto. Eu penso assim, e a desembargadora Carla pensa do mesmo jeito, e assim atuaremos", disse a desembargadora Nélia Caminha.
Novos dirigentes do TJAM
No Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o desembargador Jomar Ricardo Saunders Fernandes também foi eleito presidente, sendo o único inscrito para o cargo. Ele recebeu o apoio unânime dos desembargadores presentes e sucederá Nélia Caminha para o biênio 2025-2027. Na disputa pela vice-presidência, o desembargador Airton Luís Corrêa Gentil foi eleito com 22 votos, contra 3 votos recebidos por Cezar Luiz Bandiera. Para o cargo de corregedor-geral de justiça, o desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos foi eleito com 20 votos, superando Bandiera, que obteve 5 votos.
Na coletiva, o Jomar Fernandes abordou temas importantes que afetam diretamente a população. Iniciando pelo assunto dos concursos públicos, ele reconheceu a carência de recursos humanos no Judiciário, que depende da situação financeira para abertura de novas vagas. "O caminho é o concurso público, mas isso depende das condições financeiras. Há sim a projeção para atender essa demanda nos próximos dois anos", afirmou.
Além disso, ele destacou dois projetos em andamento sob a supervisão da Corregedoria: o Projeto Solo Seguro, voltado à regularização fundiária na Amazônia, e o combate ao sub-registro civil, que busca garantir certidões de nascimento a cidadãos sem documentação. “Infelizmente, o Amazonas é o estado mais atrasado em regularização fundiária, e estamos descobrindo enormes fraudes”, destacou o presidente. Outro ponto importante é a inclusão digital das populações mais distantes. Para isso, estão sendo instalados polos de informática com acesso à internet nas comunidades.
Em relação ao uso de novas tecnologias no Judiciário, o presidente elogiou o trabalho da diretoria de tecnologia e mencionou a importância da inteligência artificial nos processos judiciais. "Estamos avançando para não ficarmos atrasados em relação a essas inovações", afirmou, destacando a necessidade de regulamentação dessas tecnologias.
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