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Servidores da Ufam aprovam novo indicativo de greve

Por Portal Do Holanda

27/08/2014 16h09 — em
Amazonas



Os técnico-administrativos da Ufam aprovaram um novo indicativo de greve a partir de 25 de setembro. A greve terá um caráter diferenciado. Ela deverá ser de ocupação dos setores com jornada de apenas seis horas e trabalho. A idéia é de sensibilizar a Direção Superior da Ufam e Governo Federal a abrir o canal de negociação sobre a flexibilidade da jornada de trabalho.
 
Os técnico-administrativos da Ufam, aprovaram um novo indicativo de greve a partir de 25 de setembro. A concretização do movimento vai depender da resposta que a Reitoria da Ufam despachar sobre o abaixo-assinado, que será encaminhado pela categoria, no próximo dia 10, reivindicando a imediata instalação de uma mesa de negociação paritária (com representantes dos servidores) para discutir a flexibilidade da jornada de trabalho da Universidade.

A proposta foi aprovada por unanimidade, na manhã de hoje, em assembleia geral extraordinária, realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas, no auditório Paulo Buhrnheim, setor Sul do Campus Universitário. 

A assembleia fez parte da programação do Dia Nacional de Paralisação, decidida na Plenária Nacional Estatutária da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), realizada na segunda quinzena deste mês.

A greve, desta vez, terá um caráter diferenciado das ocorridas em anos anteriores. Ela será de ocupação das unidades, contudo com jornada de apenas seis horas de trabalho. Modalidade que deverá contar com 100% de adesão dos trabalhadores. 

A coordenadora geral do Sintesam, Crizolda Araújo, explicou que a deflagração do movimento está condicionada à resposta que a Reitoria da Ufam despachar, até o próximo dia 19, sobre o abaixo-assinado que os técnico-administrativos vão encaminhar à instituição no próximo dia 10. Caso o retorno seja negativo, o indicativo será deflagrado em 25 de setembro.

No documento, a categoria se posiciona contrária a atual decisão da Reitoria sobre o tema, avaliada como autoritária por parte dos gestores da Ufam, que decidiram pela rejeição, ou seja, o fim da flexibilização da jornada de trabalho de seis horas diárias. “Não concordamos com negociações sobre a jornada de forma individualizada e sem balizas mínimas que respeitem nossa dignidade. Queremos a instalação de uma mesa de negociação paritária entre gestão universitária e sindical e, sobretudo, o cumprimento dos turnos contínuos”, acrescenta.

O abaixo-assinado percorrerá as unidades da capital e os polos municipais. Neste aspecto, a coordenação do Sintesam ressalta a importância das assinaturas do maior número possível de trabalhadores. Na assembleia foram indicados representantes das unidades responsáveis pelo documento nos setores. Contudo, aonde não houver um representante, os técnico-administrativos devem entrar em contato com o Sintesam.
A coleta de assinaturas acontecerá até 9 de setembro e o encaminhamento no dia 10 à Reitoria, que terá prazo até o dia 19 para resposta.

ASSEMBLEIA

Além da jornada de trabalho, a pauta da assembleia teve como pauta a explanação do relatório sobre os debates ocorridos na plenária da Fasubra pelo técnico-administrativo, Sebastião Carlos Cabral. Os destaques foram a prorrogação do mandato da direção da Fasubra, avaliação da greve de 2014, o processo de democratização das universidades, a adoção da jornada de 30 horas, a EBSERH , e a implantação do ponto eletrônico nas universidades. De acordo com informes oriundos de estados brasileiros. O mecanismo estaria sendo determinado pelo Ministério Público como forma de disciplinar e controlar a assiduidade dos servidores públicos.

A discussão sobre a jornada de trabalho e a determinação carga horária de 8 horas diárias, a partir de 1º de setembro, foi aberta com informes da situação em cada unidade da UFAM.  Foram vários os relatos abordando negociações individuais para intercalar de intervalos entre os servidores. O que, na opinião de alguns, cria horários conflitados em diversos setores. Houve ainda o relato de pressões e clima de terror, por parte de gestores, que chegam as raias da ofensa aos trrabalhadores. Atitudes que que a coordenação do Sintesam avalia como assédio moral e colocou a assessoria jurídica para orientar os técnico-administrativos sobre os procedimentos a serem adotados. 
 


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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