Queda de R$ 89 milhões não impede pagar abono do Fundeb no Amazonas
Manaus/AM - Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) somam nos 11 meses do ano R$ 3,6 bilhões para os 62 municípios e governo do Amazonas, o que significa R$ 89 milhões a menos em comparação com o mesmo período de 2019.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo deputado Serafim Corrêa (PSB), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que mostrou preocupação com a queda acentuada.
“No mês de novembro, os repasses do Fundeb caem para R$ 248 milhões. Esse é o menor número do ano, com a soma de estado e município. O estado perdeu de um mês para o outro cerca R$ 66 milhões e os municípios perderam mais, perderam R$ 77 milhões", disse Serafim.
O parlamentar também chamou atenção para os cortes na Educação por parte do governo federal.
“Registro que há um movimento Brasil afora de todos os prefeitos, deputados estaduais, federais e senadores para que essa portaria do ministro Paulo Guedes seja revista. É muito ruim desinvestir na educação. O que o governo federal está fazendo é um erro. Ele está diminuindo os recursos da educação básica. Primeiro o governo reduziu e depois baixou a portaria”, lamentou.
A redução de R$ 89 milhões de Fundeb na média implica em queda de 2,47%. Municípios receberam R$ 155 milhões a menos e o governo do estado recebeu R$ 245 milhões a menos.
Dinheiro está na conta
“A sorte é que o governo do estado tem, segundo o Portal da Transparência até 31 de outubro, cerca de R$ 700 milhões em caixa. Dá para pagar a folha de novembro, dezembro, décimo e ainda abono de R$ 400 milhões. Volto a insistir que seria importante que o governo do estado fizesse seus cálculos. Ele tem informações que nós não temos e amenizaria essa relação com os professores anunciando o valor e dia a ser pago o Fundeb, porque o dinheiro está na conta”, disse.
Repasse aos municípios
Serafim também disponibilizou números de repasses dos governos estadual e federal aos municípios amazonenses que receberam, em 11 meses, R$ 7,1 bilhões, o que equivale a uma média de R$ 650 milhões por mês.
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