Projeto incentiva desenvolvimento da cadeia produtiva do açaí e andiroba
Com o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas extrativistas de produtos da sociobiodiversidade nas comunidades do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Ilha de Pracuubinhas e seu entorno, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e a Associação dos Produtores Agroextrativistas e Pescadores do Rio Barbosa e Comunidades do Entorno do Distrito de Itatupã - Gurupá - PA (Asprorios) estão realizando em parceria um projeto com o foco no fortalecimento da cadeia produtiva do açaí, tendo como prioridade os elos do manejo agroecológico e de comercialização.
A ação conta com o apoio do Projeto Floresta+ Amazônia, iniciativa do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com recursos do Fundo Verde para o Clima (GCF).
Além de promover o manejo de açaizais nativos e de quintais florestais nas comunidades, a Asprorios juntamente com o Instituto Mamirauá e demais parceiros também visam, por meio da criação de uma central de comercialização, o fortalecimento comunitário e do empreendedorismo para o desenvolvimento da cadeia produtiva do açaí e das oleaginosas (andiroba e pracaxi) em sua região de atuação localizada em Gurupá-PA, bem como buscam estimular a ampliação da rede de pessoas que manejam os produtos, por meio de seminários para a propagação de conhecimento tradicional e formal sobre a extração de óleos.
Dentro das comunidades abrangidas pelo projeto de assentamento estão: a Ilha de Pracuubinhas, São Pedro do Rio Crispim e Nossa Senhora do Perpetuo Socorro de Furo Seco, e, localizadas no entorno, São Cristóvão do rio São Cristóvão; São Benedito do Rio Barbosa; São Matheus do Rio Barbosa; comunidade do Furinho e comunidade do Rio Tauari.
Óleos florestais
Para o fortalecimento da cadeia dos óleos florestais, estão previstas a realização de quatro oficinas: Resgate cultural da extração tradicional de óleo vegetais; Oficina para construção de uma prensa artesanal para extração de óleo, tecnologia social desenvolvida na região; Construção de uma estufa de secagem de sementes; e Capacitação de boas práticas para produção de fitoterápicos à base de óleos vegetais.
No primeiro trimestre de execução, foi realizado o Seminário de início do projeto, uma oficina de comunicação em rede com jovens, oficina de construção de estufa para secagem de sementes florestais e a estruturação da central de comercialização com instalações de tecnologias sociais: captação de água da chuva, fossa biodigestora, instalações de energia solar.
O projeto em parceria com a Asprorios e com o apoio do Projeto Floresta+ Amazônia será desenvolvido em 21 meses e estima-se que sejam beneficiadas diretamente 70 pessoas, com conhecimentos e estrutura de gestão para a produção agroecológica e o fortalecimento de cadeias da sociobiodiversidade amazônica.
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