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Prefeitura amplia raio de atuação do projeto de monitoramento de Carbono

Por Portal Do Holanda

19/11/2014 15h58 — em
Amazonas



A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, ampliou o raio de atuação do Projeto CO2 de Monitoramento de Carbono. O trabalho é a primeira iniciativa de inventário de Gases de Efeito Estufa, desenvolvida pelo município, com a finalidade de realizar a medição de estoques de Carbono a partir do acompanhamento do processo evolutivo de mudas e árvores, bem como a emissão de GEE a partir da geração de resíduos, em determinadas áreas escolhidas como demonstrativas do projeto. 

Uma equipe da Semmas esteve na Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, situada na Área de Proteção Ambiental Tarumã-Açu, onde 20 mudas de andirobeira foram plantadas e incorporadas ao trabalho de inventário. Com essa, sobe para oito o número de áreas demonstrativas do Projeto CO2 de Monitoramento de Carbono, que é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Manejo Florestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Secretaria Municipal de Educação.

Atualmente, o projeto tem áreas demonstrativas situadas em unidades de conservação municipal Parque Municipal do Mindu, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé e, agora, na Área de Proteção Ambiental Tarumã-Açu. O trabalho é desenvolvido também na zona urbana com mudas monitoradas às margens do Igarapé do Passarinho, na zona Norte, totalizando 209 árvores. Na RDS do Tupé, o projeto está localizado nas comunidades Julião, São João do Tupé, Agrovila e Livramento. O objetivo é permitir que ao final de um período de pelo menos mais um ano se obtenha um levantamento de dados relativos à absorção de Carbono pelas árvores. "A intenção é ampliarmos ainda mais esse monitoramento, envolvendo as comunidades com o trabalho e levando até elas a discussão acerca das mudanças climáticas, temática relativamente nova e complexa para a grande maioria da população”, afirmou a secretária municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Kátia Schweickardt, destacando a importância mundial do tema, discutido recentemente durante a Jornada de Cidades e Mudanças Climáticas e V Encontro de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras, em Belo Horizonte.

Todos os indivíduos arbóreos envolvidos na atividade foram georeferenciados e identificados por técnicos da Semmas. O monitoramento das mudas plantadas na comunidade Nossa Senhora Auxiliadora será feito em conjunto com comunitários, professores e alunos da localidade. A presidente da Associação Comunitária Nossa Senhora Auxiliadora, Paula Beltrão, presente ao plantio, destacou a importância didática do projeto.  

“Essa é uma oportunidade excelente para que professores e alunos possam aprender e valorizar as árvores, entendendo os benefícios que elas proporcionam ao meio ambiente. Muitas vezes, o professor fica restrito ao conteúdo programático e necessita de atividades práticas, em contato com o sol, a chuva e as árvores. Esse trabalho vai ajudar muito nesse processo de aprendizado e valorização do ser rural”, disse.

As andirobeiras foram plantadas numa área de erosão na entrada da comunidade. As 20 mudas terão o crescimento acompanhado com a medição de altura e diâmetro do tronco.  A coordenadora do projeto, Angeline Ugarte, explicou que a finalidade principal é medir a absorção do Carbono por árvores de pequeno, médio e grande porte, a partir dos cálculos desenvolvidos pelo Laboratório de Manejo Florestal, coordenado pelo pesquisador Niro Higuchi.

"A equipe do Inpa dá o suporte técnico ao projeto, que visa, antes de mais nada, agregar à qualidade de vida o valor ético e respeito pelo que temos de mais natural. É um privilégio termos essa possibilidade de presenciar a relação do rio com o solo e a vegetação que a Amazônia nos proporciona”, afirma Ugarte, ressaltando que neste momento os resultados são pedagógicos, obtidos a partir da interação das crianças, professores e comunitários com o trabalho. “É uma mudança de postura e percepção”, observou.

Segundo relatório do Inpa, a estimativa é de que a cada um hectare de floresta, pelo menos 140 toneladas de carbono sejam absorvidas. A expectativa é de que até o final de 2015, sejam repassados dados relativos aos resultados das emissões às escolas e comunidades envolvidas.
 


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