Portos temporários impulsionam recorde de importações no Amazonas em 2024
Em 2024, a criação de portos temporários no Amazonas tem impulsionado a economia do estado de maneira significativa. A eficácia dessa estratégia é evidente nos números das importações, que alcançaram valores inéditos. De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), até outubro, o Amazonas registrou um total de US$ 13,7 bilhões em importações, superando o valor total de 2023, que foi de US$ 12,6 bilhões. A projeção é que o estado atinja US$ 16 bilhões até o fim do ano, estabelecendo 2024 como o ano recorde em importações na última década.
A comparação entre outubro de 2023 e outubro de 2024 revela um crescimento impressionante. Em 2023, devido à seca que restringiu o uso dos portos, o estado importou apenas US$ 604 milhões em outubro. No entanto, com a introdução dos portos temporários em 2024, o volume de importações para o mesmo mês saltou para US$ 1,378 bilhão, evidenciando o impacto positivo dessas estruturas emergenciais.
Segundo Serafim Corrêa, secretário da Sedecti, a implementação dos portos temporários em Itacoatiara foi essencial para manter a economia amazonense aquecida, mesmo em períodos críticos de estiagem. Ele destaca que, enquanto em outubro de 2023 Manaus ficou sem receber navios, este ano, no mesmo período, houve um incremento de mais de US$ 700 milhões em importações, totalizando US$ 1,378 bilhão. Corrêa enfatiza que, com o ritmo atual, 2024 pode alcançar uma marca histórica de US$ 16 bilhões em importações.
Nos anos anteriores, o Amazonas já vinha apresentando um crescimento expressivo nas importações, com valores como US$ 14,1 bilhões em 2022, US$ 13,2 bilhões em 2021, e US$ 9,7 bilhões em 2020. Mesmo assim, 2024 está prestes a estabelecer um novo patamar, destacando o papel estratégico dos portos temporários e reafirmando a relevância da Zona Franca de Manaus para a economia do estado e do Brasil.
A operação dos portos temporários em Itacoatiara permitiu o transporte de mais de 25 mil contêineres e o desembarque de 21 navios, garantindo o abastecimento contínuo da indústria e do comércio local. Conduzida em parceria com os grupos Chibatão e Super Terminais, a operação é estruturada para atuar em áreas de baixa profundidade, possibilitando o fluxo de mercadorias mesmo com a baixa dos rios. Esse plano logístico busca mitigar os impactos da estiagem, assegurando o funcionamento da Zona Franca de Manaus e o abastecimento do mercado regional.
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