O ex-presidente Ricardo Nicolau, acusado pelo Ministério Público Estadual de supostamente ter desviado quase R$ 5 milhões na construção do edifício garagem da Assembleia Legislativa escapou mais uma vez, nesta quarta-feira, 18, de ser investigado pelos colegas deputados. Numa reunião que durou quase duas horas, a Comissão de Comissão e Justiça da casa engavetou uma representação dos deputados de oposição Luiz Castro, Marcelo Ramos e José Ricardo Wendling.

O relator do processo na CCJ, deputado Orlando Cidade decidiu “opinar pelo sobrestamento destes processos até a decisão final do processo judicial”, que corre no Tribunal de Justiça do Amazonas, movido pelo MPE com base em laudos técnicos de engenheiros do próprio ministério público e do Tribunal de Contas do Estado. Com as ausências dos titulares Sinésio Campos (viajando) e Belarmino Lins (na presidência da mesa no plenário) e a presença do suplente Abdala Fraxe, a CCJ aprovou o relatório por 3 votos a 1.

Indignado com o resultado da reunião, o titular Marcelo Ramos, que é advogado, confessou que sentiu vontade de “rasgar” a sua carteira da OAB. Antes, no plenário, Ramos teve um entrevero com o presidente da CCJ, deputado David Almeida, que de sua bancada convocou a reunião extraordinária da comissão para as 12h.