MPF quer saber origem de "zonas cegas" que teriam provocado acidente com avião da Gol na Amazônia

Sete anos depois do acidente do Boeing da Gol e o Legacy, que deixou 150 mortos, o Ministério Público Federal no Amazonas começa a apurar uma das causas atribuídas a tragédia: a existência de zonas cegas ou buracos negros, áreas não cobertas pelos radares que monitoram os vôos na região Amazônica. A Portaria No 66,de 22 de julho de 2013, determinando prioridade para o inquérito civil público é assinada pelo procurador Rafael da Silva Rocha, que manda seja oficializado ao 7o Comando Aéreo Regional (7o COMAR), para que, no prazo de 20 (vinte) dias, preste informações sobre os fatos apurados e sobre situação atual do SIVAM, esclarecendo, inclusive, se o Sistema está monitorando os desmatamentos que ocorrem naRegião Amazônica e se esses dados estão sendo repassados ao IBAMA e à Polícia Federal.
COMO FOI O ACIDENTE
"Em 29 de setembro de 2006 um Boeing 737-800 SFP (Short Field Performance) da companhia brasileira Gol Transportes Aéreos, prefixo PR-GTD, com 154 pessoas a bordo, desapareceu dos radares aéreos às 16h48min (UTC-3) enquanto cumpria a etapa de Manaus (MAO) a Brasília (BSB) do voo 1907.
Os destroços do avião foram encontrados no dia seguinte, 30 de setembro, em uma área densa de floresta amazônica na Serra do Cachimbo, a duzentos quilômetros de Peixoto de Azevedo, na região norte do estado de Mato Grosso. Não houve sobreviventes, o que o classifica como o segundo maior acidente aéreo do Brasil, ultrapassando a tragédia do Voo VASP 168, em 1982, em que morreram 137 pessoas no estado do Ceará; sendo ultrapassado mais tarde pelo Voo TAM 3054, em Julho de 2007, onde morreram 199 pessoas em São Paulo;e por ultimo sendo superado pelo voo Air France 447, onde morreram todas as 154 pessoas. A Gol alterou o número do voo que faz a rota entre Manaus-Brasília-Rio. Deixando de identificar como G3 1907 e passando a ser identificada pela sigla G3 1587/(F.arquivo.W)."
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